(Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 10h29.
Última atualização em 17 de dezembro de 2025 às 10h32.
Depois de amargar o segundo pior pregão do ano, com queda de 2,40%, o Ibovespa abriu as negociações desta quarta-feira, 17, em continuidade ao movimento de perdas. Por volta das 10h32, a principal referência acionária caía 1,19%, aos 156.571 pontos.
Já o dólar à vista iniciou as negociações, às 9h, em alta firme e, no mesmo horário da bolsa brasileira, subia 0,86%, cotado a R$ 5,510 depois de ter atingido R$ 5,52 na máxima intradiária.
A queda do Ibovespa e o avanço da moeda americana ainda refletem a frustração dos agentes financeiros com o cenário eleitoral no Brasil em 2026, que já provocou um forte ajuste nas carteiras na sessão passada. Ontem, as perdas da bolsa e a alta da câmbio se intensificaram com a divulgação dos resultados da pesquisa Quaest, que apontou o atual presidente Lula (PT) à frente no primeiro turno contra todos os nomes testados.
O petista também apareceu com 46% das intenções de voto contra 36% de Flávio Bolsonaro (PL) em um eventual cenário de segundo turno para a eleição presidencial 2026. Por fim, o estudo trouxe dúvidas sobre o cenário que vinha sendo abraçado pelo mercado de uma candidatura de direita projetada no nome do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao indicar Flávio como mais competitivo.
As incertezas sobre quando a taxa de juros no Brasil vai começar a cair também continuam pesando sobre o índice de referência.
Na agenda do mercado também está os trabalhos em Brasília, que se agitam às vésperas do início de recesso no Congresso, com decisões que podem definir o tabuleiro eleitoral do ano que vem.
Em paralelo, corre a notícia de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estaria se preparando para deixar a posição em março do ano que vem, com o intuito de se dedicar a campanha do presidente Lula pela reeleição.
O um dia, contudo, é de agenda praticamente esvaziada de indicadores econômicos, mas que pode marcar também a votação da PL da Dosimetria no Senado — o projeto de lei que pode reduzir drasticamente a pena de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O texto precisa ser analisado primeiro na Comissão de Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, no Plenário da Casa.
Na economia, o destaque por aqui é o fluxo cambial semanal, a ser divulgado às 14h30 (horário de Brasília).