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Dólar perde força após sinal do Fed de possível fim do aperto

Banco Central americano informou que novas altas de juros vão depender dos dados econômicos, o que aumentou a confiança dos investidores

Dólar cai mais de 3% ante a cesta de moedas mais negociadas do mundo (Stock/Getty Images)
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 27 de julho de 2023 às 18h52.

Última atualização em 27 de julho de 2023 às 19h11.

O dólar tem se enfraquecido frente às principais moedas globais, e há espaço para desvalorizar mais depois da última decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Após elevar a taxa de juro em 0,25 ponto percentual (p.p.), o Fed informou que novas altas de juros vão depender dos dados econômicos — o que aumentou a confiança do mercado de que o ciclo de aperto nos Estados Unidos

O índice da Bloomberg que acompanha o desempenho do dólar contra uma cesta de divisas internacionais caiu pela terceira sessão consecutiva nesta quinta-feira, 27, elevando a queda no ano para mais de 3%. O dólar americano se enfraqueceu contra todos os pares do chamado Grupo das dez moedas mais negociadas no mundo, com ganhos liderados pelas divisas da Nova Zelândia e da Austrália.

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No Brasil, o dólar já acumula queda de quase 11% frente ao real, que só perde para o peso colombiano e o mexicano entre as moedas de países emergentes com melhor desempenho até agora em 2023.

Mudança de posições

A mensagem do Fed deu mais ímpeto a um coro crescente de pessimistas com o dólar, como AllianceBernstein e M&G Investments, que esperam que a desaceleração da economia americana modere o apetite do Fed por futuras altas e diminua o apelo da moeda.

As posições vendidas em dólar das gestoras de recursos nos EUA atingiram um nível recorde na semana até 18 de julho, segundo dados da US Commodity Futures Trading Commission sobre oito pares de moedas agregados pela Bloomberg.

“Vemos muita venda de dólares entre nossos clientes institucionais”, disse Noel Dixon, estrategista macro global da State Street.

Para estrategistas do HSBC, incluindo Daragh Maher, a principal questão é se a inflação pode continuar desacelerando em direção à meta do Fed, sem uma profunda desaceleração econômica. Um tombo mais acentuado na atividade poderia beneficiar o dólar por conta da aversão ao risco, disse.

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