(Craig Hastings/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 18 de janeiro de 2024 às 10h56.
Última atualização em 19 de janeiro de 2024 às 09h27.
O dólar abre em queda de 0,26% a R$ 4,916, nesta terça-feira, 16, após as declarações dos banqueiros centrais no Fórum Econômico de Davos estão atualmente impactando as perspectivas relacionadas aos cortes de juros nas principais economias. Essa mudança de cenário está ocorrendo à medida que os indicadores que apontam para a resistência da economia americana são encarados com apreensão pelos investidores. Com os recentes dados das vendas no varejo, há uma crescente preocupação de que o Federal Reserve (Fed) adie a implementação de cortes de juros.
Comparando com a semana anterior, os investidores estão agora atribuindo uma probabilidade 10 pontos percentual maior à manutenção das taxas de juros na decisão do Fed, que ocorrerá em março. No entanto, ainda se considera provável a ocorrência de um corte, com uma probabilidade estimada em 60%, conforme o monitor do CME Group. Este novo panorama reflete a cautela dos mercados diante das incertezas e das recentes mudanças nos discursos dos principais atores econômicos.
O dólar comercial hoje abre em queda a R$ 4,916. Nas casas de câmbio, o dólar turismo abre a R$ 4,957. Na última segunda-feira, a moeda americana fechou em queda de 0,37% a R$ 4,856.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão: