CCR: companhia ingressa na atividade de autoprodução de energia eólica (wirestock/envato)
Repórter de finanças
Publicado em 11 de novembro de 2024 às 15h51.
Em uma estratégia para reduzir seus custos, a CCR (CCRO3) anunciou, nesta segunda-feira, 11, que se tornou sócia minoritária de três usinas da Neoenergia (NEOE3) para a autoprodução de energia eólica, o primeiro projeto da companhia no segmento.
Por meio de fato relevante, a empresa comunicou que fechou um acordo para a compra de 2,84% do capital da usina Otis 2; 6,75% da usina Otis 4 e 5,25% da Oitis 6 por R$ 21,7 milhões.
As usinas estão localizadas em um complexo eólico no Piauí, formado por 12 parques com capacidade instalada total de 566,5 MW, dos quais 44 MWm serão destinados para três subsidiárias da CCR por 16 anos: a concessionária das linhas 8 e 9 do trem em São Paulo, a concessionária das linhas 5 e 17 do metrô de São Paulo e a concessionária da linha 4 do metrô de São Paulo.
Esse montante de energia representa 60% da demanda atual da companhia e ajudará a cumprir a promessa feita no CCR Day de reduzir em 20% seu custo de energia.
Também contribui para sustentar o compromisso de ter 100% do abastecimento feito por fontes renováveis - meta atingida ainda em 2024 - pelos próximos anos, afirma o jornal.
O movimento também ocorre meses antes do leilão previsto para as linhas 11, 12 e 13 da CPTM, cuja CCR já demonstrou interesse e, caso ganhe, aumentará ainda mais a conta de energia.
O contrato tem início em janeiro de 2025, mas a conclusão das operações está sujeita a aprovação dos reguladores, incluindo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).