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Bolsas da Europa fecham em baixa, devolvendo parte dos ganhos em dia de CPI da zona do euro

Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,13%, a 522 92 pontos

Bolsa de Valores de Londres, no Reino Unido (Chris Ratcliff/Getty Images)

Bolsa de Valores de Londres, no Reino Unido (Chris Ratcliff/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 17 de maio de 2024 às 14h44.

As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta sexta-feira, 17, em uma sessão sem novos catalisadores para impulsionar as ações, com índices tendo renovado máximas históricas de fechamento. Nesta sexta, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro confirmou a manutenção do nível de inflação na região.

Com as perspectivas de uma política mais relaxada por parte dos bancos centrais nos próximos meses, as atenções também se voltam para o impacto de uma atividade desacelerada nos Estados Unidos para o lucros.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,13%, a 522 92 pontos.

"Uma fraqueza no fechamento do mercado deixou os índices dos EUA abaixo de onde começaram, e essa negatividade deu o tom para os mercados europeus na sexta-feira.

O FTSE 100 lutou para encontrar uma direção enquanto os principais índices da França e da Alemanha caíam", aponta o AJ Bell.

Na capital britânica, o FTSE 100 recuou 0,22%, a 8.420,26 pontos. Em Frankfurt, o DAX caiu 0,17%, a 18.707,28 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve queda de 0,86%, a 8.167,50 pontos. Em Milão o FTSE MIB caiu 0,03%, a 35.398,82 pontos. Em Lisboa, o PSI20 baixou 0,48%, a 6.887,38 pontos.

A exceção foi Madri, onde o Ibex35 subiu 0,25%, a 11.327,70 pontos, bastante apoiado pelo setor bancário.

A Eurostat confirmou que a taxa anual de inflação ao consumidor da zona do euro ficou inalterada em abril ante o mês anterior, em 2,4%, como havia sido estimado preliminarmente há cerca de duas semanas.

Autoridades do BCE vêm indicando que pretendem anunciar um primeiro corte de juros na reunião de junho, uma vez que a inflação parece estar se encaminhando para a meta oficial de 2% de forma sustentável. Há dúvidas, porém, sobre a trajetória dos juros europeus depois do mês que vem.

O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, disse nesta sexta-feira que as pressões de preços na zona do euro seguem diminuindo, dando maior confiança ao BCE de que a inflação voltará para a meta oficial de 2% em 2025. "A inflação cheia está em 2,4%, a inflação subjacente está abaixo de 3%. Acreditamos que, nos próximos meses, a inflação irá flutuar em torno desses níveis", disse Guindos, durante evento financeiro.

Para o Bank of America, os dados macro dos EUA começaram a enfraquecer, com as pesquisas de crescimento caindo, o mercado de trabalho abrandando e a confiança dos consumidores recuando. "Esperamos que mais fraqueza macro traga prêmios de risco mais amplos e expectativas mais baixas de lucro por ação, nos deixando negativos em relação às ações na Europa", afirma. "Uma diminuição da inflação nos EUA em resposta aos níveis ainda baixos de tensão na cadeia de abastecimento poderá apoiar o mercado no curto prazo através de uma reavaliação sobre o Federal Reserve (Fed). No entanto, quando a fraqueza do mercado de trabalho dos EUA se intensificar, esperamos que este se torne o motor dominante do mercado, levando ao aumento dos prêmios de risco e ao enfraquecimento das expectativas de lucros", diz.

O banco projeta uma queda de 15%, para 450 pontos, no Stoxx 600 no primeiro trimestre do próximo ano.

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