Invest

Bolsa de Hong Kong aceita pedido de listagem primária de Alibaba (BABA34)

A listagem primária da Alibaba em Hong Kong deverá ocorrer até o final de 2022 e ocorre após pressões regulatórias por parte de autoridades dos EUA

Sede do Alibaba (BABA34) (Aly Song/File Photo/Reuters)

Sede do Alibaba (BABA34) (Aly Song/File Photo/Reuters)

A Bolsa de Valores de Hong Kong aceitou nesta terça-feira, 9, o pedido da gigante do varejo eletrônico chinês Alibaba (BABA34) para ter sua listagem primária na cidade asiática.

Segundo o documento oficial da Bolsa de Hong Kong, a listagem primária da Alibaba deverá ocorrer até o final de 2022.

Atualmente, a gigante varejista fundada por Jack Ma tem suas ações listadas com status secundário em Hong Kong, enquanto a listagem primária está na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) desde 2014, quando foi realizado o maior IPO da história até a época.

Há quase três anos, o Alibaba decidiu se listar também na cidade chinesa para tentar atrair os investidores domésticos. Uma tentativa de se aproximar com o mercado financeiro da China continental.

No mês passado, o Alibaba aproveitou as recentes mudanças de regras em Hong Kong para solicitar uma listagem primária dupla.

Há pouco mais de uma semana, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) adicionou o Alibaba a uma lista de empresas chinesas listadas nos EUA que podem ser delistadas se não atenderem aos requisitos de auditoria em até três anos.

O grupo chinês informou que trabalhará com reguladores para manter suas listagens em Nova York e Hong Kong.

“Esperamos que a conversão primária nos permita ampliar nossa base de investidores e facilitar a liquidez incremental e, em particular, expandir o acesso a investidores baseados na China e em outros países da Ásia”, informou o Alibaba em nota.

As ações subiram nas negociações em Hong Kong na manhã de terça-feira após a divulgação da notícia, mas acabaram perdendo os ganhos do dia e acabaram fechando em leve alta de 0,90%.

Resultados da Alibaba (BABA34) no segundo trimestre de 2022

O Alibaba (BABA34) publicou nesta quinta-feira, 4, os resultados do segundo trimestre de 2022.

O gigante do varejo eletrônico chinês registrou um lucro líquido de 22,65 bilhões de yuans (cerca de US$ 3,38 bilhões), em queda de 49,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando tinha sido 45,06 bilhões de yuans (cerca de US$ 6,67 bilhões).

Mesmo com essa queda, o resultado foi superior as previsões do mercado, que esperavam um lucro líquido de 18,72 bilhões de yuans.

A receita, por sua vez, foi de 205,55 bilhões de yuans, levemente superior aos 203,19 bilhões de yuans esperados pelo mercado, e permanecendo estável em relação ao ano anterior, quando tinha sido 205,740 bilhões de yuans.

O resultado do Alibaba no trimestre foi influenciado por muitas forças contrárias, como novos surtos de coronavírus (Covid-19) na China, que levou as autoridades locais a decretar lockdown em várias cidades, como o centro financeiro do país, Xangai. O que afetou negativamente a economia chinesa no segundo trimestre do ano.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado foi de 41,11 bilhões de yuans, em queda de 15% em relação aos 48,62 bilhões de yuans registrados no segundo trimestre do ano passado.

O custo da operação aumentou na comparação anual, passando de 124,09 bilhões de yuans no segundo trimestre de 2021 para 129,65 bilhões de yuans no mesmo período deste ano.

O CEO do Alibaba, Daniel Zhang, comentou os resultados salientando como durante o último trimestre a empresa se "adaptou ativamente às mudanças no ambiente macro" e permaneceu focada na estratégia de longo prazo.

Acompanhe tudo sobre:AlibabaHong KongJack MaSEC

Mais de Invest

Black Fralda dará descontos de até 70% em produtos infantis e sorteio de R$ 500 em fraldas

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem

Loteria dos EUA busca apostador que ganhou R$ 17 milhões e não buscou prêmio

Ibovespa opera em queda e dólar sobe após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal