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Balanços de BTG e Petrobras, Focus, ata do Copom e indicadores econômicos: o que move o mercado

Estimativas da Bloomberg projetam para Petrobras uma receita de R$ 127 bilhões no primeiro trimestre de 2024, o que representaria uma queda de 8,6% em comparação ao 1T23

Radar: mercado está de olho em Focus e Petrobras (Wilson Melo/Agência Petrobras)

Radar: mercado está de olho em Focus e Petrobras (Wilson Melo/Agência Petrobras)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 13 de maio de 2024 às 08h46.

Última atualização em 13 de maio de 2024 às 08h47.

Os mercados internacionais operam sem direção única nesta segunda-feira, 13. Enquanto todos os índices futuros americanos sobem, as bolsas da Europa abriram o dia em tom mais negativo, com investidores aguardando uma série de dados dos Estados Unidos e da zona do euro.

Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em queda com as bolsas da China sofrendo perdas após dados locais de inflação e em meio à expectativa de que os EUA elevem tarifas sobre produtos de energia limpa chineses, em especial veículos elétricos. Por aqui, o Ibovespa futuro cai após a divulgação do Boletim Focus.

Focus

Destaque hoje para a elevação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024 e 2025 no Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta manhã. A projeção do IPCA para 2024 foi elevada de 3,72% para 3,76%, enquanto a de 2025 subiu de 3,64% para 3,66%. O IPCA de 2026 e 2027 se manteve em 3,50%.

O Produto Interno Bruto (PIB) também variou de 2,05% para 2,09% em 2024, enquanto se manteve em 2% em 2025, 2026 e 2027. Já a expectativa para Selic no final deste ano subiu de 9,63% para 9,75%. A Selic de 2025 se manteve em 9%, enquanto a de 2026 subiu de 8,75% para 9% e a de 2027 foi elevada de 8,50% para 8,63%.

Balanços

O mercado hoje acompanha de perto o balanço da Petrobras (PETR4), maior estatal brasileira, que divulga seus números após o fechamento do mercado. Segundo as projeções da Bloomberg, os resultados deverão mostrar uma desaceleração frente ao mesmo período do ano passado. As estimativas apontam para uma receita de R$ 127 bilhões no primeiro trimestre de 2024, o que representaria uma queda de 8,6% em comparação ao primeiro trimestre de 2023.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve vir em R$ 69,2 bilhões, frente a R$ 73,5 bilhões nos primeiros três meses de 2023. Já o lucro líquido ajustado da petroleira deve cair quase 20% para R$ 25 bilhões de reais no 1T24, contra R$ 37 bilhões registrados no ano anterior. Entretanto, analistas do Citi projetam que a estatal deve distribuir dividendos novamente, na casa dos R$ 15,4 bilhões.

Já pela manhã foi a vez do BTG (BPAC11) divulgar seus resultados. O banco (do mesmo grupo controlador da EXAME) voltou a renovar recordes de lucro e receita no primeiro trimestre, puxados por praticamente todas as áreas de atuação do banco. O lucro chegou a R$ 2,9 bilhões no 1T24, alta de 27,7% em relação ao mesmo período de 2023. As receitas totais avançaram 22,7% no mesmo período, para R$ 5,9 bilhões.

Ata do Copom

Agenda cheia de indicadores econômicos. Na terça-feira, 14, investidores ficam de olho para a ata do Copom (Comitê de Política Monetária). O documento, que já é de suma importância, ganha ainda mais destaque à medida que o ritmo de corte de juros foi reduzido. Na última reunião, em uma decisão dividida, os dirigentes optaram por cortar a Selic em 0,25 pontos percentuais (p.p.) e não mais 0,50 p.p. como estava ocorrendo anteriormente.

Ainda na terça, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também publica o volume de serviços no mês de março. Os dados de atividade são importantes porque também trazem um termômetro do quanto a economia está aquecida e, claro, o quanto isso pode trazer de inflação. Já na quarta, 15, é a vez de dados do exterior. Nos Estados Unidos, será divulgado o índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), uma das principais referências para a inflação americana.

Por aqui, a quarta-feira conta com o indicador de atividade IBC-Br, conhecido como a prévia do PIB. Por fim, na sexta, 17, os investidores acompanham os dados do mercado de trabalho trazidos pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio). Vale ressaltar que a força do mercado de trabalho tem sido uma das principais preocupações do Banco Central. Portanto, os dados devem ser acompanhados com o dobro de atenção.

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