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Balanços de bancos americanos, PPI dos EUA e pesquisa de serviços do Brasil: o que move o mercado

Investidores também acompanham de perto novos capítulos das eleições americanas, em meio a uma pressão para Biden desistir de sua candidatura

Radar: temporada de balanços do 2T24 nos EUA começa com destaque para grandes bancos (Mike Kemp/Getty Images)

Radar: temporada de balanços do 2T24 nos EUA começa com destaque para grandes bancos (Mike Kemp/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 12 de julho de 2024 às 08h34.

Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta sexta-feira, 12. Nos Estados Unidos, os índices futuros oscilam sem direção definida à espera de novos dados de inflação e balanços de bancos americanos. Na Europa, as bolsas abriram em alta, ainda animadas com a maior possibilidade de cortes de juros nos EUA após o Índice de Preços ao Consumidor de junho (CPI, na sigla em inglês) americano ter vindo abaixo do esperado.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, à medida que a de Tóquio interrompeu uma sequência de máximas históricas, depois de forte avanço do iene. Por aqui, o Ibovespa futuro sobe à espera da Pesquisa Mensal de Serviços. Um dado mais fraco pode beneficiar os juros de curto prazo e também o dólar.

Balanços dos EUA

A temporada de balanços do segundo trimestre de 2024 (2T24) teve início ontem, nos Estados Unidos, com a PepsiCo (PEPB34) divulgando seus resultados. A companhia reportou um lucro líquido de US$ 3,08 bilhões no período, ante os US$ 2,75 bilhão apurados em igual período do ano passado.

Com o resultado, o lucro por ação (com ajustes) foi de US$ 2,28 entre abril e junho, superando a expectativa de analistas consultados pela FactSet, de US$ 2,16. Entretanto, a receita da multinacional decepcionou. A companhia registrou um avanço anual de 0,8% no trimestre, a US$ 22,5 bilhões, abaixo da previsão da FactSet, de US$ 22,59 bilhões.

Hoje, no radar corporativo, o mercado aguarda a divulgação dos resultados do Citigroup (CTGP34), JPMorgan (JPMC34), Wells Fargo (WFCO34) e BNY Mellon (BONY34).

Indicadores

De olho na agenda dos indicadores, o destaque do dia é a divulgação do Índice de Preços ao Produtor de junho (PPI) nos Estados Unidos e o índice de sentimento do consumidor de julho da Universidade de Michigan, com expectativas de inflação em 1 e 5 anos. A previsão do mercado é de que o PPI registre alta de 0,1%, ante a queda anterior de 0,2%. Já o índice de consumidor é esperado que avance de 68,2 para 68,5.

No Brasil, terá a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Prisma Fiscal, boletim com as previsões do mercado para os principais indicadores fiscais. O mercado estima que o volume de serviços na comparação mensal recue 0,7%, ante o avanço de 0,5% do mês anterior. Segundo as análises, deve pesar os efeitos negativos das enchentes no Rio Grande do Sul (RS) sobre os serviços de transportes.

Eleições americanas

O mercado também acompanha de perto o rumo das eleições americanas. Há uma pressão para que o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desista da sua candidatura. Ontem, durante uma coletiva de imprensa após a cúpula da OTAN em Washington, Biden errou ao apresentar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, chamando-o de "presidente Putin".

Ainda durante a coletiva, Biden confundiu sua vice-presidente, Kamala Harris, com o seu adversário político, Donald Trump. Alguns aliados e conselheiros de longa data de Joe Biden estão discutindo maneiras de persuadir o presidente a encerrar sua campanha de reeleição. Biden, no entanto, insiste que é o mais apto a governar o país.

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