Arezzo: crescimento no lucro líquido e nas margens no segundo trimestre (Arezzo/Divulgação)
Bianca Alvarenga
Publicado em 11 de agosto de 2022 às 20h20.
Última atualização em 11 de agosto de 2022 às 20h33.
A Arezzo (ARZZ3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 123,4 milhões, um valor 160% maior no segundo trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda foi de R$ 162,4 milhões, uma alta de 92,9% no mesmo período. A varejista divulgou o seu balanço trimestral na noite desta quinta-feira, 11.
Os dados divulgados revelam que a Arezzo tem sido bem-sucedida na missão de melhorar o desempenho operacional, alavancando as margens e reduzindo as despesas financeiras. A margem bruta subiu 2,1 pontos percentuais no trimestre, alcançando 56%. A margem Ebitda subiu na mesma ordem de 2 pontos percentuais, para 17,2%.
As despesas financeiras saíram de R$ 18,8 milhões para R$ 6,6 milhões. A melhora foi fruto da busca de recursos em bolsa em fevereiro deste ano, em um follow-on de R$ 830 milhões. O valor foi usado, também, para o abatimento de parte da dívida e para a composição de um caixa líquido na ordem de R$ 360 milhões no período. A relação de caixa líquido e Ebitda encerrou o trimestre em 0,6 vez.
A receita líquida subiu 70,8% no período e alcançou R$ 944,7 milhões. No comunicado, a empresa destacou o aumento de vendas, favorecido por dois eventos importantes do trimestre: o Dia das Mães e o Dia dos Namorados. O volume de produtos comercializados alcançou 6,5 milhões, uma alta de 43% em relação ao mesmo período do ano passado.
A maior parte das vendas ainda é na categoria de calçados, berço do grupo e pilar das marcas Arezzo, Schutz, Alexandre Birman, Anacapri e Vans – o número de calçados vendidos subiu 30% no trimestre. No entanto, as outras categorias de produtos ganharam espaço nas vendas totais, resultado da estratégia de diversificação do grupo e do empenho de aquisição de marcas de vestuário, como Reserva e Baw.
No trimestre, 60 lojas foram abertas, sendo 29 unidades próprias e 31 franquias. O avanço das vendas físicas é consequência do maior número de marcas sob o guarda-chuva do grupo e da aceleração dos investimentos. O Capex saltou de R$ 29 milhões no segundo trimestre de 2021 para R$ 56 milhões no mesmo período deste ano.
O plano resultou, também, em um ganho de participação das lojas físicas, em relação ao digital. No ano passado, o e-commerce representava 28% das vendas totais, atrás apenas da participação das lojas multimarcas. Agora, as vendas digitais detêm a menor fatia do todo, atrás das categorias de multimarcas, lojas próprias e franquias. Vale destacar, no entanto, que todos os canais de vendas registraram um crescimento de receitas.
No comunicado, a empresa pondera que o digital vem de uma forte base comparativa, uma vez que, durante o segundo trimestre de 2021, algumas regiões do país decidiram restringir o funcionamento de lojas, em razão de um aumento de casos de covid-19.