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Os 5 melhores investimentos para 2024

Em 2024, tanto o Brasil quanto o mundo enfrentam um cenário de juros elevados. Saiba mais

 (Evgeniia Siiankovskaia/Getty Images)

(Evgeniia Siiankovskaia/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 3 de agosto de 2024 às 08h00.

Última atualização em 21 de novembro de 2024 às 16h32.

À medida que os ventos da economia apontam para uma redução nas taxas de juro em 2024, os investidores se veem diante de novos desafios e oportunidades. 

Este artigo explora estratégias inteligentes para investir em meio a esse cenário de queda, considerando as projeções tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos. Confira os melhores investimentos para 2024!

Das ações à renda fixa, desvendamos as opções que podem alavancar os ganhos dos investidores em um ambiente econômico em transformação.

Segundo o relatório atualizado do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), para 2024, as projeções indicam que os juros devem continuar altos, com a Selic estimada para terminar o ano em 10,50%​.

No cenário internacional, o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, com expectativas de dois cortes de juros até o final de 2024, com a taxa de juros na faixa entre 4,75% e 5,00% ao ano. Dados otimistas indicam um arrefecimento da inflação americana, corroborando as apostas de que a queda dos juros pode ocorrer já no segundo semestre de 2024​.

O cenário econômico em 2024

O ano de 2023 foi marcado pelo início do corte de juros no Brasil. Iniciado em agosto, a taxa Selic termina o ano em 11,75%. Para 2024, as apostas são que o movimento continue e os juros caiam ainda mais. Segundo o último Boletim Focus do ano, a projeção é que os juros cheguem a 9% no final do ano.

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Lá fora, apesar do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ter mantido a taxa na faixa entre 5,25% a 5,5% ao ano, as falas mais recentes do presidente do Fed, Jerome Powell, indicam que o início de corte de juros por lá pode estar próximo. Além disso, dados mais otimistas apontam para um arrefecimento da inflação americana, o que colabora com as apostas do mercado que a queda dos juros pode ser já em março de 2”2024.

No Brasil, avanços políticos-fiscais, como a aprovação do arcabouço fiscal, da reforma tributária e do Orçamento Federal para 2024 também deixaram investidores mais otimistas. Tudo isso contribui para a volta do apetite a risco e o mercado, inclusive, já visualiza a volta das ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês), que não ocorrem no Brasil desde 2021.

De acordo com os especialistas, o momento pode estar mais propício para o investidor voltar o olhar mais para a bolsa de valores, além outros ativos de renda variável, como fundos imobiliários. Entretanto, apesar da queda da Selic, analistas ouvidos pela EXAME afirmam que a renda fixa ainda está atrativa, visto que ainda estamos falando de uma taxa a dois dígitos.

Como investir em cenários de queda da taxa de juro?

Especialistas indicam oportunidades no mercado de ações e outros ativos de renda variável, como fundos imobiliários, em meio à queda da Selic. Apesar dessa queda, analistas destacam que a renda fixa ainda mantém atratividade, especialmente com a possibilidade de uma taxa em dois dígitos. Nesse cenário, os investidores têm à disposição diversas opções para ajustar suas carteiras e otimizar os ganhos.

Investir durante a queda dos juros requer uma abordagem estratégica para maximizar retornos e mitigar riscos. Algumas considerações importantes:

  1. Renda Fixa Adaptada: Em períodos de queda dos juros, investimentos em renda fixa podem ser impactados. Procure ativos com taxas atrativas ou ajustáveis, como títulos indexados à inflação ou de prazos mais longos.
  2. Fundos de Investimento: Fundos multimercado e de ações são alternativas interessantes em cenários de queda de juros, permitindo uma gestão ativa que busca oportunidades de retorno.
  3. Ações de Setores Beneficiados: Empresas de setores como imobiliário e de consumo tendem a se beneficiar de juros mais baixos. Considerar ações desses setores pode ser vantajoso.
  4. Diversificação Internacional: A diversificação em mercados internacionais pode ser uma estratégia para buscar rendimentos em economias com perspectivas diferentes, especialmente em um ambiente de queda dos juros locais.
  5. Títulos do Tesouro Direto: Ajuste sua carteira de títulos públicos conforme as mudanças nas taxas de juros, considerando títulos prefixados ou atrelados à inflação em cenários de queda.
  6. Cautela com Renda Fixa Tradicional: Evite alta concentração em ativos tradicionais de renda fixa, como CDBs e poupança, que podem oferecer retornos menos atrativos com juros em queda.

Qualquer estratégia de investimento deve estar alinhada ao perfil de risco e aos objetivos financeiros do investidor. Consultar um assessor financeiro pode ser útil para adaptar a carteira ao cenário econômico.

Lista dos 5 melhores investimentos para 2024

Em um cenário de juros em queda, a diversificação é chave. Você, como investidor, deve avaliar seu perfil de risco e objetivos antes de tomar decisões financeiras. Saiba mais abaixo.

1. Tesouro Direto

O Tesouro Direto, mesmo diante do cenário de queda nas taxas de juro em 2024, mantém-se como uma opção sólida para investidores que buscam segurança e liquidez.

Títulos do Tesouro Direto, como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA,  continuam desempenhando um papel crucial na estratégia de preservação de capital e busca por retornos atrativos.

Já o Tesouro IPCA, vinculado à inflação, proporciona uma proteção adicional contra os efeitos do aumento nos índices de preços, garantindo que o investidor preserve seu poder de compra ao longo do tempo.

2. CDBs

Os CDBs são títulos emitidos por instituições financeiras. Eles apresentam uma variedade de prazos e modalidades, permitindo aos investidores adaptar suas escolhas de acordo com suas metas financeiras e tolerância ao risco.

As taxas podem ser pré ou pós-fixadas, proporcionando flexibilidade diante das expectativas do mercado e da trajetória das taxas de juro. Essa versatilidade permite que os investidores otimizem suas carteiras de acordo com as condições econômicas vigentes.

Uma característica destacada dos CDBs é a possibilidade de encontrar opções com liquidez diária. Isso confere flexibilidade aos investidores, permitindo o resgate antecipado do investimento quando necessário, sem a penalização de perda de rendimento.

3. LCIs e LCAs

Investir em Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) emerge como uma estratégia eficiente em um contexto de taxas de juro em queda.

Confira a carteira atualizada com 10 ações recomendadas pelo BTG Pactual

Esses títulos, isentos de imposto de renda para pessoas físicas, destacam-se por serem lastreados em operações específicas, como imobiliárias no caso das LCIs e do agronegócio no caso das LCAs.

A isenção de imposto de renda nos LCIs e LCAs confere uma vantagem significativa a esses investimentos, uma vez que permite aos investidores otimizar seus retornos líquidos.

4. Fundos Imobiliários

Com a perspectiva de juros em queda, os Fundos Imobiliários (FIIs) assumem um papel de destaque nas estratégias de investimento.

Esses fundos, que investem em empreendimentos imobiliários como escritórios, shoppings, e outros tipos de propriedades, tornam-se atrativos devido à sua capacidade de proporcionar retornos consistentes e diversificação em um cenário de elevação nas taxas de juros.

A valorização dos imóveis é uma característica fundamental dos FIIs. A busca por ativos reais, como imóveis, torna-se mais pronunciada, uma vez que esses ativos tendem a preservar valor e oferecer ganhos potenciais ao longo do tempo.

Confira os Fundos Imobiliários recomendados para 2024 segundo banco BTG Pactual

5. Ações de Valor

As ações de valor se destacam. Empresas sólidas, com histórico de resultados consistentes e boas perspectivas de crescimento no longo prazo, são escolhas atrativas.

Os investidores podem explorar o stock picking de ações de valor para otimizar seus retornos em um ambiente de juros em queda. Empresas sólidas, com históricos consistentes e perspectivas de crescimento a longo prazo, tornam-se escolhas atrativas nesse cenário.

Confira a carteira atualizada com 10 ações recomendadas pelo BTG Pactual

Além disso, a opção por Exchange Traded Funds (ETFs) baseados no fator valor é outra estratégia eficaz.

Esses ETFs agrupam ações de empresas que atendem a critérios específicos de valor, oferecendo aos investidores uma exposição diversificada a esse tipo de ativo.

Confira as ações recomendadas para 2024 segundo banco BTG Pactual

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