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Editor do Future of Money
Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 12h19.
O YouTube anunciou nesta sexta-feira, 12, que vai permitir que seus criadores de conteúdo recebam pagamentos por meio de criptomoedas pareadas ao dólar, as stablecoins. A iniciativa faz parte de uma parceria com o PayPal e o recurso já está disponível para usuários nos Estados Unidos.
A novidade foi confirmada tanto pelo PayPal quanto pelo Google, gigante de tecnologia que é a dona do YouTube. Ainda não há informações sobre a possibilidade do YouTube estender a nova opção de pagamentos para outros mercados e países, indo além dos Estados Unidos.
A plataforma de vídeos já usa o sistema do PayPal para realizar os repasses tradicionais para criadores de conteúdo, que recebem parte dos ganhos das plataformas com a publicidade presente nos vídeos. A ideia agora é adicionar uma nova opção de pagamento, com uma stablecoin.
Entretanto, o YouTube restringiu os pagamentos apenas à PYUSD, stablecoin lançada pelo próprio PayPal. A criptomoeda é pareada ao dólar, ou seja, uma unidade do ativo é sempre equivalente a US$ 1. O ativo foi lançado pela gigante de pagamentos digitais em agosto de 2023.
May Zabaneh, líder de Cripto no PayPal, disse que "a beleza do que construímos é que o YouTube não precisará tocar em criptomoedas, e então nós podemos ajudá-los retirando toda essa complexidade". A afirmação indica que a empresa deve ficar responsável por todo o fluxo de pagamento.
O anúncio representa mais um passo no processo de adoção das stablecoins por grandes empresas do mercado. A combinação da paridade a uma moeda fiduciária com características como maior velocidade, custos operacionais menores e transparência têm atraído diversas companhias nos últimos anos.
No caso do PYUSD, a parceria com o YouTube também pode ajudar a ampliar o alcance do projeto. Apesar da ligação com a gigante de meios de pagamento, a stablecoin ainda está distante das principais líderes do segmento, com volumes movimentados tímidos em comparação à USDT e à USDC.
Entretanto, o PayPal tem intensificado a integração da criptomoeda aos seus produtos, o que pode ajudar o ativo a ganhar escala, casos de uso e mais valor. O movimento também ocorre em meio à recente aprovação de uma regulação específica para as stablecoins nos Estados Unidos.
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