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JPMorgan: caso Binance é positivo para mercado cripto e evita "colapso"

Banco acredita que acordo entre a corretora de criptomoedas e o governo dos Estados Unidos traz mais segurança para o setor

Binance é a maior corretora de criptomoedas do mundo (Mike Kemp/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 23 de novembro de 2023 às 11h47.

Analistas do JPMorgan afirmaram nesta semana que o acordo firmado entre a Binance e o governo dos Estados Unidos deverá ser positivo para o mercado de criptomoedas ao eliminar um "risco sistêmico" de um possível colapso no setor. O banco falou sobre o tema em um relatório.

Para os analistas, a perspectiva envolvendo o acordo é "positiva, já que a incerteza em torno da própria Binance tende a diminuir e suas negociações e o ecossistema da BNB tendem a se beneficiar". Nesse sentido, o acordo reduz as chances da Binance ter uma quebra como a da sua rival, a FTX.

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À época, a falência da segunda maior corretora de criptomoedas fez com que diversos ativos despencassem, além de ter levado várias empresas à falência e ter impactado negativamente a confiança de muitos investidores em relação a outras exchanges, com prejuízos se estendendo por meses.

Agora, os analistas do JPMorgan esperam que o mercado cripto tenha menos incertezas quanto ao seu futuro. Já a Binance deverá ter mais "espaço para respirar", o que pode beneficiar as operações da corretora ao eliminar um risco constante de punições pelas autoridades norte-americanas.

Acordo entre a Binance e os EUA

O acordo anunciado pela Binance e reguladores dos Estados Unidos nesta semana envolverá o pagamento de uma multa de US$ 4,3 bilhões (cerca de R$ 21 bilhões, na cotação atual) por parte da exchange para evitar a abertura de um processo referente a violações de leis contra lavagem de dinheiro.

Além disso, o então CEO da companhia, Changpeng Zhao , concordou em renunciar ao cargo. Ele será substituído por Richard Teng, que trabalhava na área de regulação da corretora de criptomoedas. Nas redes sociais, Teng disse que sua prioridade será garantir a estabilidade financeira e a segurança da corretora.

A corretora, que vai deixar os EUA, também admitiu que, quando foi lançada, "não tinha controles de conformidade adequados para a empresa que estava se tornando rapidamente, e deveria ter". "A Binance cresceu globalmente em um ritmo extremamente rápido, em uma indústria nova e em evolução que estava nos estágios iniciais de regulamentação, e a Binance tomou decisões equivocadas ao longo do caminho".

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