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Fundador da FTX pode ser condenado a 50 anos de prisão após falência da corretora

Ex-CEO da corretora de criptomoedas, que chegou a ser a segunda maior do mercado, enfrenta acusações de fraude nos Estados Unidos

Sam Bankman-Fried é o ex-CEO da corretora FTX (FTX/Reprodução/Reprodução)

Sam Bankman-Fried é o ex-CEO da corretora FTX (FTX/Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 18 de março de 2024 às 16h00.

Última atualização em 18 de março de 2024 às 16h45.

Sam Bankman-Fried, o ex-CEO e fundador da corretora de criptomoedas FTX, pode ser condenado a até 50 anos de prisão nos Estados Unidos. A pena, variando entre 40 e 50 anos, foi solicitada à Justiça do país pelos procuradores responsáveis pelo caso envolvendo a quebra da exchange.

Ao justificar a pena, os procuradores destacaram que Bankman-Fried foi julgado como culpado em sete acusações de fraude e conspiração. O julgamento foi dado em novembro do ano passado, e a pena que será aplicada deverá ser anunciada ainda neste mês.

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Inicialmente, especulava-se que o ex-CEO da FTX poderia ser condenado a até 110 anos de prisão. Bankman-Fried é acusado de ter liderado as operações da FTX que resultaram na falência da corretora em novembro de 2022 e resultaram em um prejuízo de mais de US$ 8 bilhões (R$ 40 bilhões) para os clientes.

Ao falar do executivo, os procuradores comentaram que "sua vida nos últimos anos tem sido de ganância e arrogância incomparáveis; de ambição e racionalização; e cortejar o risco repetidamente com o dinheiro de outras pessoas. E mesmo agora, Bankman-Fried se recusa a admitir que o que fez foi errado".

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Na época da falência, a FTX era a segunda maior corretora do mercado de criptomoedas. A quebra ocorreu quando investidores descobriram que a exchange misturava fundos da própria empresa com os de clientes e usava o dinheiro para investir em projetos arriscados no mercado.

A revelação resultou em uma onda de saques pelos clientes e uma crise de liquidez na corretora, que não foi capaz de confirmar todos os saques. Desde então, os clientes aguardam um possível ressarcimento das quantias congeladas, algo que está previsto para começar em neste ano.

Ao longo do julgamento, Bankman-Fried foi descrito como um "bilionário irresponsável" que tentou esconder suas falhas de gerenciamento enquanto enriquecia. "Este caso sempre foi sobre mentira, trapaça e roubo", destacaram os procuradores.

A expectativa atual é que a sentença final de Sam Bankman-Fried seja divulgada no dia 28 de março. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar nos Estados Unidos.

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