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ETFs de cripto à vista têm cerca de R$ 2 bilhões em ativos no Brasil, revelam dados

Diferente do que acontece nos EUA, ETFs de bitcoin à vista já existem no Brasil há anos e estão entre os mais populares

 (24K-Production/Getty Images)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 28 de novembro de 2023 às 14h05.

Dados da Hashdex revelam que os ETFs de criptoativos à vista da gestora já tem cerca de R$ 1,8 bilhão em ativos no Brasil. O investimento em fundos negociados em bolsa de criptoativos tem se tornado popular no país e os ETFs de criptoativos estão entre os mais rentáveis.

Enquanto isso, gigantes do mercado financeiro aguardam uma resposta da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) sobre a possibilidade de disponibilizar o investimento no país, que possui apenas ETFs de futuros de bitcoin e ether.

Somados, os seis ETFs de criptoativos disponibilizados pela Hashdex acumulam cerca de R$ 1,8 bilhão em ativos sob gestão.

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O primeiro e maior ETF de cripto do Brasil é o HASH11, que consiste em uma cesta de criptoativos balanceada pelos especialistas da Hashdex. De acordo com dados da gestora, o HASH11 possui R$ 1,4 bilhão em ativos sob gestão.

Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, contou ao Future of Money da EXAME como foi aprovar o HASH11 no Brasil:

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"Desde o lançamento em 2021 os ETFs de cripto mostraram um crescimento bem relevante, especialmente durante os anos de 2021 e o primeiro semestre de 2022. Foi o maior caso de sucesso de lançamento de ETF na história recente do Brasil, que é um país que não tem um histórico muito grande no segmento de ETF. Temos 500 mil cotistas de etfs e mais de 200 mil são cotistas de etfs cripto", disse Samir Kerbage, CIO da Hashdex em entrevista à EXAME.

"Isso mostra a demanda do brasileiro por veículos simples e regulados de exposição aos criptoativos e mostra que ainda estamos nessa fase de maturação do mercado de etfs. A gente acredita que tem muito potencial de crescimento nos próximos anos", acrescentou o executivo. Kerbage ainda afirmou que a expectativa por um ETF de bitcoin à vista nos EUA "pode voltar a colocar cripto e bitcoin no radar nos investidores e fazer com que os ETFs cresçam ainda mais".

ETFs de bitcoin à vista no Brasil

O BITH11, ETF de bitcoin à vista da gestora, possui mais de R$ 285 milhões em ativos sob gestão. Nos Estados Unidos, a grande expectativa é que um ETF parecido seja aprovado pela SEC em breve. Gigantes do mercado financeiro como a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, estão entre as solicitantes. A brasileira Hashdex também faz parte da lista.

O QBTC11, ETF de bitcoin à vista brasileiro da gestora QR Asset, possui R$ 190 milhões em patrimônio líquido. Já o BITI11, do Itaú Asset Management, possui R$ 7,8 milhões.

Os ETFs de criptoativos, que já figuram entre os mais rentáveis do Brasil, no entanto, ainda precisam crescer bastante para competir com os maiores ETFs do país em ativos sob gestão.

O iShares Ibovespa (BOVA11) da BlackRock, por exemplo, é o maior do país com R$ 11,8 bilhões.

Um relatório da NYDIG apontou que a aprovação de um ETF de bitcoin à vista nos EUA pode trazer cerca de R$ 150 bilhões para o mercado de criptomoedas.

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