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Investimento em bitcoin é "fuga para a qualidade", diz CEO da BlackRock

Larry Fink defendeu novamente o potencial da criptomoeda e falou sobre boatos de aprovação do pedido de ETF da gestora

Larry Fink, CEO da BlackRock, defendeu o bitcoin em entrevista (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Larry Fink, CEO da BlackRock, defendeu o bitcoin em entrevista (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 17 de outubro de 2023 às 10h01.

Responsável por comandar a maior gestora de ativos do mundo, Larry Fink reforçou na última segunda-feira, 16, a visão positiva que a BlackRock possui em relação ao bitcoin e seu potencial como ativo de investimento. Em entrevista para o canal Fox Business, ele também falou sobre o pedido da gestora para lançar um ETF de preço à vista da criptomoeda.

Durante a entrevista, Fink foi questionado sobre uma informação falsa divulgada por diferentes sites de notícias, com destaque para o Cointelegraph, sobre uma possível aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) do pedido de lançamento do fundo negociado em bolsa, algo que foi negado pela própria BlackRock.

Entretanto, nos poucos minutos entre a divulgação da informação e a negativa da gestora, o bitcoin chegou a disparar mais de 10% e rondar a casa dos US$ 30 mil pela primeira vez em meses. Fink disse que "não posso falar sobre os detalhes de nada", mas que a alta pode ter sido "um exemplo do interesse reprimido em cripto".

"Estamos ouvindo clientes de todo o mundo sobre a necessidade de cripto”, destacou o CEO da BlackRock, que se recusou a falar sobre o andamento da análise do pedido pela SEC. Por outro lado, Fink acredita que nem toda a alta da criptomoeda observada na segunda-feira ocorreu apenas devido ao impacto do boato e à euforia posterior entre investidores.

"Parte dessa alta vai muito além do boato - acho que a alta de hoje tem a ver com uma fuga para a qualidade, com todas as questões em torno da guerra israelense agora, do terrorismo global, e acho que há mais pessoas realizando uma fuga para a qualidade", comentou, indicando que o bitcoin seria um ativo mais vantajoso em um momento de turbulência global.

Larry Fink e bitcoin

Em julho deste ano, Larry Fink também elogiou o bitcoin. Ele se referiu ao ativo como um "ouro digital", destacando o potencial que a criptomoeda possui como um ativo de proteção contra a inflação ao explicar as razões para a BlackRock querer ingressar nesse mercado.

Fink destacou que "nós tentamos fazer o que é correto para os investidores de longo prazo, e nós temos um bom histórico de trabalho com os reguladores para tentar garantir que estamos pensando em todos os problemas de qualquer solicitação. Trabalhamos bem de perto com os reguladores, e queremos saber quais são as questões deles e como resolvê-las".

O CEO da BlackRock destacou ainda que é preciso tornar o bitcoin "mais acessível, fácil de investir, tornar cripto mais democratizada e barata para os investidores". Na visão dele, atualmente ainda é caro transacionar com a criptomoeda, mas ele espera que "os reguladores vejam os pedidos [de ETFs] como uma forma de democratizar as criptomoedas".

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