Depósitos de criptomoedas crescem e se tornam 2º maior segmento do mercado
Prática, conhecida como staking, envolve um tipo de renda passiva mensal e tem atraído investidores, com atualização da Ethereum no radar
Repórter do Future of Money
Publicado em 28 de fevereiro de 2023 às 09h00.
O staking, uma prática que envolve o depósito de criptomoedas para o recebimento de uma renda passiva mensal em troca, tem ganhado cada vez mais espaço nos últimos meses, e se tornou em fevereiro o segundo maior setor do mercado cripto. Os dados foram divulgados pelo site de inteligência de mercado DeFi Llama, que leva em conta o valor total depositado (TVL) nos protocolos de cada área do mercado.
Os dados da empresa apontam que a categoria de staking líquido soma atualmente um TVL de US$ 14,1 bilhões. Ela é composto por protocolos que "permitem que você ganhe recompensas por depositar os seus tokens, ao mesmo tempo em que fornece um recibo negociável e líquido para esse depósito".
O segmento permite que os investidores realizem o depósito de criptomoedas e negociem essa posição, podendo ganhar dinheiro tanto com a renda passiva gerada pela decisão quanto pela venda, caso não tenham mais interesse na modalidade.
Considerando o tamanho dos protocolos no setor de finanças descentralizadas ( DeFi, na sigla em inglês), o maior segmento ainda é o de corretoras descentralizadas, que somam US$ 19,26 bilhões em TVL. Já o terceiro lugar é ocupado agora pelos protocolos de empréstimo, com US$ 13,74 bilhões.
Esses protocolos perderam a vice-liderança para os de staking. Atualmente, 71 protocolos no mercado são voltados para essa opção de investimento. Destes, o maior é o Lido, que possui foco no depósito de ether como parte do seu novo mecanismo de consenso.
Atualmente, o Lido é responsável sozinho por cerca de US$ 9 bilhões de todo o TVL do segmento de staking. O protocolo possui uma criptomoeda própria, o Lido DAO, que tem acumulado uma das maiores valorizações de 2023 apoiada na recuperação do mercado e um otimismo quanto ao novo mecanismo da Ethereum.
Com a atualização "The Merge" em 2022, a rede passou a ter uma prova de participação (proof-of-staking). Nela, os validadores de transações registradas no blockchain precisam depositar uma determinada quantia de ether para participar do processo. Protocolos como o Lido buscam tornar essa participação mais lucrativa, reunindo vários validadores para compor uma rede maior.
O crescimento na popularidade do Lido e de outros protocolos de staking de cripomoedas está ligado principalmente às expectativas do mercado para a próxima atualização da Ethereum. Batizada de Shanghai e prevista para março deste ano, ela permitirá pela primeira vez os saques dos ethers depositados e recebidos como recompensas, o que possibilitará que os validadores realizem seus lucros.
Uma análise da Binance Research aponta ainda que protocolos de staking ligados à Ethereum, caso do Lido, tem um potencial de crescimento. Atualmente, 14,3% de toda a oferta disponível de ether está depositada, número bem inferior ao de outros protocolos com mecanismo semelhante, caso da Cardano, com 71,8%, e da Avalanche, com 63,7%.
"Pode-se argumentar que muitos grupos de indivíduos esperam a que Shanghai para depositar o seu ether, pois as retiradas removeriam o risco de liquidez e a incerteza de um período de bloqueio indefinido anteriormente", destacou o relatório sobre a criptomoeda.
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