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Cristiano Ronaldo é processado nos EUA por participar de propagandas da Binance

Jogador de futebol está ligado a coleções de NFTs lançados pela corretora de criptomoedas desde 2022

Cristiano Ronaldo possui uma coleção de NFTs com a Binance (Amin M. Jamali /Getty Images)
Cointelegraph

Agência de notícias

Publicado em 29 de novembro de 2023 às 09h56.

O astro do futebol Cristiano Ronaldo se tornou alvo de uma ação coletiva movida por indivíduos que alegam terem sofrido prejuízos após serem influenciados por propagandas da corretora de criptomoedas Binance ligadas ao lançamento e repercussão em torno das campanhas de divulgação de coleções de NFTs (tokens não-fungíveis, em português).

Um processo apresentado na última segunda-feira, 27, a um tribunal distrital dos Estados Unidos no estado da Flórida alega que Cristiano Ronaldo "promoveu, auxiliou e/ou participou ativamente da oferta e da venda de valores mobiliários não registrados em coordenação com a Binance".

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A Binance firmou uma parceria de vários anos com o jogador em meados de 2022 para promover uma série de tokens não-fungíveis. Pelo menos três das coleções do astro do futebol estão vinculadas à Binance.

A denúncia alega que os usuários que se inscreveram na plataforma para ter acesso aos NFTs eram mais propensos a usar a Binance para outros fins, como investir no que eles afirmam ser valores mobiliários não-registrados, incluindo o ativo BNB e seus programas de rendimento de criptomoedas .

"As promoções de Ronaldo incentivaram ou ajudaram a Binance a incentivar investimentos em valores mobiliários não-registrados, incentivando seus milhões de seguidores, fãs e torcedores a investir na plataforma da Binance", alegam os autores do processo.

Cristiano Ronaldo está ligado à crescente popularidade da Binance devido à sua influência e alcance. O jogador e garoto propaganda possui cerca de 850 milhões de seguidores nas redes sociais, ressalta a denúncia. O processo alega que as vendas de NFTs foram "incrivelmente bem-sucedidas" na promoção da exchange, com um aumento de 500% nas buscas pela Binance na semana seguinte ao início das vendas da primeira coleção.

O processo alega que Ronaldo sabia ou deveria saber que "a Binance vende valores mobiliários não-registrados de criptomoedas", pois ele tem "experiência em investimentos e vastos recursos para obter consultores externos". O processo cita a determinação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA ( SEC ) para celebridades sobre a necessidade de divulgar os pagamentos recebidos para promover criptomoedas, o que a denúncia alega que Ronaldo não fez.

Problemas da Binance nos EUA

Os autores da ação coletiva são Michael Sizemore, Mikey Vongdara e Gordon Lewis, que buscam indenização e recursos para cobrir suas despesas jurídicas. Recentemente, a Binance e seu fundador Changpeng Zhao enfrentaram problemas com as autoridades dos Estados Unidos.

A corretora de criptomoedas e o executivo declararam-se culpados por violações das leis de combate à lavagem de dinheiro e por administrar um negócio de transmissão de dinheiro não registrado. A exchange também concordou em pagar uma multa de US$ 4,3 bilhões ao governo dos Estados Unidos.

Zhao deixou o cargo de CEO da exchange de criptomoedas e pode pegar até 18 meses de prisão. A Binance concordou em seguir as diretrizes de conformidade do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e pelo Departamento do Tesouro pelos próximos cinco anos.

A SEC também tem um processo em andamento contra a Binance, alegando – entre outras acusações – que a corretora de criptomoedas vendeu valores mobiliários não registrados. A SEC também está investigando se a Binance se apropriou indevidamente de fundos de clientes.

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