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Criador da FTX deve ser julgado como culpado por fraude nos EUA, diz ex-advogado da SEC

Sam Bankman-Fried aguarda julgamento por fraude nos EUA após sua corretora cripto falir em 2022 deixando investidores com prejuízo bilionário

Sam Bankman-Fried, founder and chief executive officer of FTX Cryptocurrency Derivatives Exchange, during an interview on an episode of Bloomberg Wealth with David Rubenstein in New York, US, on Wednesday, Aug 17, 2022. Crypto exchange FTX US is expanding its no-fee stock trading service to all US users, including non-crypto investors, in a move to expand its customer base and increase assets under custody. Photographer: Jeenah Moon/Bloomberg via Getty Images (Bloomberg/Getty Images)

Sam Bankman-Fried, founder and chief executive officer of FTX Cryptocurrency Derivatives Exchange, during an interview on an episode of Bloomberg Wealth with David Rubenstein in New York, US, on Wednesday, Aug 17, 2022. Crypto exchange FTX US is expanding its no-fee stock trading service to all US users, including non-crypto investors, in a move to expand its customer base and increase assets under custody. Photographer: Jeenah Moon/Bloomberg via Getty Images (Bloomberg/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 3 de outubro de 2023 às 17h58.

Última atualização em 3 de outubro de 2023 às 18h01.

Sam Bankman-Fried, cofundador da corretora que protagonizou um dos maiores escândalos do mercado de criptomoedas no último ano, será julgado por fraude nos Estados Unidos e deve ser considerado culpado, de acordo com John Reed Stark, ex-advogado da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês).

Enquanto todos os outros executivos de alto escalão da FTX já se declararam culpados de suas acusações para obter penas mais baixas, Sam Bankman-Fried se declara inocente. O ex-CEO, que é filho de professores da Universidade de Stanford, esteve envolvido em polêmicas sobre o uso do dinheiro de clientes da FTX para investimentos arriscados e mansões nas Bahamas.

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De acordo com John Reed Stark em uma publicação no X (antigo Twitter), as chances de Sam Bankman-Fried ser absolvido são baixas.

“Raramente, na história dos processos de fraude financeira, uma equipe do Departamento de JUstiça possuía esse nível de acesso irrestrito a um tesouro tão extraordinário de testemunhas e provas”, escreveu o ex-advogado da SEC na última segunda-feira, 2.

As dívidas da FTX com investidores e outros credores somam US$ 16 bilhões. A corretora de criptomoedas entrou em recuperação judicial em novembro de 2022 e seu novo CEO, John Ray III, que é especialista em processos de falência, chegou a afirmar que a FTX era “um fracasso sem precedentes devido à sua completa ausência de informações financeiras confiáveis”.

Provas e testemunhas contra Bankman-Fried

Além do uso indevido do dinheiro de clientes, a FTX e seus executivos foram mergulhados em uma série de polêmicas. Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda Research, empresa do Grupo FTX que deu início ao problema que levou à falência, também é ex-namorada de Bankman-Fried.

Ellison será uma das testemunhas do caso e pode ajudar a condenar Bankman-Fried, segundo Stark. O ex-CEO da FTX teria vazado diários privados de Ellison a fim de tentar descreditá-la como testemunha. Pelo vazamendo, ele teve sua fiança revogada. Fontes também afirmam que ele pode acusar os outros executivos da FTX de uso de drogas para tentar se provar como inocente.

No entanto, todas as provas e testemunhas vão contra a inocência de Bankman-Fried, disse Stark. As evidências documentadas na promotoria são “indiscutivelmente sem precedentes para um julgamento de fraude financeira”, disse ele.

Além disso, ele acredita que John Ray III, o novo CEO da FTX que ficou responsável por “limpar a bagunça” de Bankman-Fried, também teria entregado ao governo todas as suas descobertas sobre os bastidores da empresa falida.

Antes das polêmicas com a FTX, Sam Bankman-Fried era um dos nomes mais proeminentes no setor de criptoativos. Sua corretora chegou a ser a segunda maior do mundo, atrás apenas da Binance em valor de mercado. Famosos como Gisele Bündchen e Tom Brady chegaram a fazer propagandas para a corretora e também enfrentaram as consequências legais disso.

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