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Falida, FTX pode vender US$ 3,4 bilhões em criptomoedas e derrubar mercado

Corretora que era a segunda maior do mundo e faliu em 2022 agora quer vender o que sobrou de seu patrimônio em criptomoedas

 (Reprodução/Reprodução)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 11 de setembro de 2023 às 16h12.

A FTX, corretora de criptomoedas que protagonizou um dos maiores escândalos do setor em 2022, agora quer vender US$ 3,4 bilhões em criptomoedas como parte de seu plano de falência. O dinheiro poderá ser usado para pagar os credores da empresa, que estão no prejuízo desde novembro passado, mas a venda também pode derrubar o mercado e preocupa investidores.

A FTX busca permissão dos tribunais norte-americanos para realizar a venda e uma audiência está marcada para a próxima quarta-feira, 13. O argumento da empresa falida é que a venda a ajudaria a proteger os ativos dos riscos da volatilidade das criptomoedas.

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Do montante, a maior parte está em Solana (SOL), uma das criptomoedas mais apoiadas por Sam Bankman-Fried, o cofundador da FTX. Com mais de US$ 1,1 bilhão em SOL prestes a serem vendidos, investidores já começaram a vender seu patrimônio na criptomoeda, que despencou 9,5% na última semana, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Em segundo lugar vem o bitcoin, maior criptomoeda do mundo em valor de mercado. A FTX possui cerca de US$ 500 milhões nesta criptomoeda. Já o ether, segunda maior do mundo, tem U$ 192 milhões alocados nos cofres da corretora falida.

Enquanto bitcoin e ether não devem ser tão afetados pela venda, dada a sua robustez no mercado cripto, as preocupações se acumulam para a SOL e outras criptomoedas. A FTX também possui US$ 118 milhões em XRP, US$ 41 milhões em wBTC, US$ 37 milhões em wETH e mais US$ 1 bilhão divididos em outras 400 criptomoedas.

O prazo para contestação da proposta já expirou e nenhuma objeção foi apresentada ao tribunal, o que aumenta as chances da venda ser autorizada nesta quarta-feira, 13.

Investidores ainda ficarão no prejuízo

Com a venda, os credores da FTX, que também incluem os investidores da plataforma que ficaram no prejuízo, poderão receber o seu dinheiro de volta em dólares ao invés de criptomoedas.

A medida pode ser interessante, já que a empresa possui boa parte de seu patrimônio atualmente em SOL e nem todos os credores deveriam possuir seu patrimônio dividido da mesma forma na corretora.

No entanto, a FTX possui até o momento US$ 7 bilhões em ativos totais, incluindo dinheiro, criptomoedas e outras participações. Já as reivindicações de credores acumulam US$ 16 bilhões e podem aumentar, já que o prazo para reivindicação vai até 29 de setembro deste ano. Ou seja, os credores dificilmente receberão todo o dinheiro perdido.

Caso aprovada, a Galaxy Assets Management será utilizada para realizar a venda, além de estratégias de hedge e até staking.

Impacto no mercado

Apesar das notícias sobre a venda já terem sido o suficiente para derrubar o preço da SOL, especialistas pedem calma. O plano de falência restringe a quantidade de tokens que pode ser vendida de uma só vez. Sendo assim, na primeira semana a venda está limitada a US$ 50 milhões, e US$ 100 milhões nas semanas seguintes. O limite pode ser aumentado para no máximo US$ 200 milhões por semana.

Esses limites foram criados como uma tentativa de minimizar o impacto das vendas no mercado e, ao mesmo tempo, permitir que a FTX possa ressarcir seus credores. Espera-se que a venda demore, ao todo, cerca de sete meses para ser concluída.

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