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Mercado cripto dispara no início do ano e bitcoin tem melhor janeiro em 10 anos; veja ranking

Todas as 40 maiores criptomoedas do mercado registraram valorização no início de 2023, com o Tron tendo a menor alta

Melhora do ambiente macroeconômico ajudou criptomoedas a valorizarem no início de 2023 (FroYo_92/Getty Images)

Melhora do ambiente macroeconômico ajudou criptomoedas a valorizarem no início de 2023 (FroYo_92/Getty Images)

O APT, token nativo do blockchain Aptos, liderou o mercado de criptomoedas com a maior valorização em janeiro de 2023, com uma alta mensal de 374,9%, de acordo com dados da QR Asset. O mês foi positivo para o setor, com todos os 40 maiores ativos registrando desempenhos positivos.

Na avaliação da gestora de criptoativos, "o ano de 2023 começou com o pé direito e o mercado cripto teve um dos melhores meses da sua história. O bitcoin subiu 36,75% no mês e o ether valorizou 29,65%. Não houve nenhum ativo em todo o levantamento com variação negativa no período".

A boa performance das criptomoedas foi desencadeada principalmente pela melhora das perspectivas para a economia norte-americana. O reforço nos sinais de que a inflação no país está caindo deu mais base para as apostas de um fim de ciclo de alta de juros em 2023, um cenário que beneficia ativos considerados de maior risco, como o mercado cripto e o acionário.

Theodoro Fleury, gerente de portfólio da QR Asset, avalia que o desempenho do Aptos não está ligado a um "motivo específico para a alta espetacular do token", mas o mês contou com alguns fatos que melhoraram a visão do mercado em relação ao projeto, criado por ex-funcionários da Meta.

"Em primeiro lugar, Aptos foi lançada com muito hype nos ambientes especializados, por conta do time que estava por trás, mas pegou um cenário de mercado muito turbulento. A melhora do ambiente macro para investimento em criptoativos pode ter favorecido o movimento. Em segundo lugar, observamos um forte volume do ativo contra o Won coreano em exchanges situadas neste país", explica.

Ele destaca ainda que "é sabido que os sul-coreanos são extremamente agressivos em seus investimentos de risco e possuem apetite para ativos especulativos. Para finalizar, aparentemente era um ativo com muitos contratos derivativos na ponta vendida que foram liquidados com a recuperação do mercado e favoreceram a alta de janeiro".

Além do Aptos, compõem o top5 as criptomoedas Fantom (162,9%), Decentraland (146,7%), Solana (134,6%) e Lido DAO (125,7%). No caso do Fantom, Fleury atribui o movimento à série de projetos associados ao seu blockchain que tem sido anunciados, com melhoras no seu protocolo.

Já o MANA, token do Decentraland, e a Solana não tiveram "motivos específicos para a alta". "Entretanto, ambos os tokens estavam entre as maiores quedas de 2022 e ambos estão entre os ativos com maior coeficiente Beta em relação ao bitcoin (2,07 e 2,25, respectivamente, medido numa janela de 60 dias). Ou seja, em um mês em que o bitcoin sobe mais de 36%, era de se esperar que ativos de maiores beta figurassem entre as maiores variações".

No caso do LIDO, token de governança de um pool de liquidez de validadores da rede Ethereum, a alta está associada ao fato de que "protocolos de liquid staking estão entre as narrativas de maior destaque no início de 2023, por conta da proximidade do hard fork [atualiação] Shanghai na rede Ethereum", comenta Fleury.

A expectativa é que a próxima atualização, prevista para março deste ano, libere os saques de ethers depositados no blokchain como parte do seu novo mecanismo de consenso. A novidade tende a beneficiar validadores, incluindo os que compõem o LIDO Dao.

Já os cinco piores desempenhos entre as criptomoedas em janeiro foram do Tron (11,6%), Terra Luna (15,2%), XRP (17%), Monero (17,8%) e EOS (20,6%), com o que a QR Asset classifica como "altas mais moderadas" no mês.

"Entre eles, vemos tokens que estiveram entre as maiores altas recentemente e tiveram comportamento anticíclico em 2022, caso do Tron; tokens que representam teses ultrapassadas, que provavelmente não terão casos reais de uso, como EOS e Luna; além do XRP, que enfrenta um processo longo contra a SEC que se encaminha para a fase final, deixando o token sujeito a maior volatilidade", destaca Fleury.

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