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ChatPDF, Amazon, Runaways: 5 novidades no setor de inteligência artificial em abril

Segmento tem registrado uma explosão de novos projetos e ferramentas, mostrando diferentes aplicações para a tecnologia

Popularidade do ChatGPT incentiva novos projetos com inteligência artificial (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 5 de maio de 2023 às 15h15.

O setor de inteligência artificial tem registrado uma explosão de novos projetos e lançamentos de ferramentas que buscam usar a tecnologia de novas maneiras, e no mês de abril isso não foi diferente. A popularidade do ChatGPT abriu espaço, principalmente, para as chamadas inteligências artificiais generativas, que prometem mudar diversas atividades do dia a dia.

Esse tipo de IA é capaz de realizar diversas tarefas, como produção de textos, imagens, curadoria de conteúdo, programação e planejamento de negócios. Tudo a partir dos chamados "prompts", que são comandos enviados pelos usuários e que são concretizados pelas ferramentas tendo como base os seus bancos de dados de referência.

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Apesar da inteligência artificial não ser uma novidade na economia mundial, as IAs generativas ainda tinham pouco espaço e eram vistas como uma tecnologia em fase de desenvolvimento e com resultados de baixa qualidade. Agora, esse cenário está mudando cada vez mais. Confira cinco novidades que o segmento teve no último mês e chamaram a atenção de especialistas!

Inteligência artificial em jogos

Os NPCs são personagens de jogos que não podem ser controlados pelos jogadores e podem ser desde figurantes até elementos centrais nas histórias contadas em um videogame. Atualmente, esses personagens precisam ser criados por humanos, que planejam sua aparência, fala e comportamento.

Mas a inteligência artificial pode mudar esse cenário. Pesquisadores do Google e da Universidade de Stanford criaram um jogo chamado Smallville, inspirado no famoso The Sims. Mas com um diferencial importante: ele é composto apenas por NPCs, que são criados e controlados por inteligência artificial.

Roberta Arcoverde, diretora de engenharia no Stack Overflow, comenta que "o que eu achei mais impressionante foi quando começaram a misturar jogadores com NPCs. Vi uma demonstração de um jogo baseado no Smallville, muito interessante, com dois jogadores humanos, e o resto era IA. Eles conversavam com os NPCs errando palavras, fazendo perguntas super cotidianas, e eles respondiam com tanta humanidade e naturalidade".

"É muito interessante observar o potencial que isso tem para tornar nossas experiências com games muito mais imersivas”, avalia.

Criação de música e vídeos

Uma das maiores polêmicas no segmento em abril foi o uso de inteligência artificial para a criação de músicas, usando como base as vozes e estilos de artistas famosos. Foi o caso de uma canção com as vozes dos artistas Drake e The Weeknd, e de um álbum completo no modelo da banda Oasis.

Sérgio Lopes, CTO da Alura, observa que, hoje, "você consegue treinar um modelo com todas as músicas de um cantor ou cantora e lançar um próximo álbum, que você mal consegue diferenciar. Fico pensando em tudo que veremos dentro da indústria da música".

Já no mundo dos vídeos, a Runaways lançou uma plataforma, o Gen2, que usa inteligência artificial para criar vídeos do zero. Ela compartilhou a primeira "produção" da ferramenta, que contou com atores, trilha sonora e roteiros todos desenvolvidos pela IA.

Chat PDF

O Chat PDF foi lançado como uma ferramenta que permite que usuários transformem documentos como PDFs em chatbots semelhantes ao ChatGPT, e que portanto são responsivos e dinâmicos. Uma inteligência artificial analisa e extrai o conteúdo do documento, e então cria o chat como uma forma mais interativa e simples de compartilhar as informações.

"Tem gente usando essa ferramenta para contrato e venda de apartamento. É um segmento que muitos advogados podem usar e, na verdade, muitos já usam. Claro que é importante revisar tudo que for feito, porque é arriscado comer uma bola ou outra”, analisa Paulo Silveira, CEO da Alura.

Phind

Outro lançamento que ganhou destaque no segmento foi o Phind, uma espécie de buscador em que os usuários podem usar modelos de inteligência artificial para compilar as informações obtidas em diferentes fontes que aparecem como resultados nas pesquisas.

Arcoverde explica que ele é um "ChatGPT para desenvolvedores", mas tem a vantagem de citar a fonte das informações que apresenta. Nesse sentido, ela acredita que a ferramenta traz mais segurança e, ao mesmo tempo, acelera o processo de aprendizado, incluindo para interpretar códigos.

Amazon

A Amazon se somou a gigantes de tecnologia como o Google e a Microsoft nos esforços para desenvolver inteligências artificiais próprias. A empresa anunciou dois novos projetos, o Bedrock e o Titan. O primeiro é uma uma plataforma que permite que usuários criem suas próprias inteligências artificiais generativas a partir de diferentes modelos de fundação já existentes no mercado.

Já o Titan é um modelo de linguagem próprio que também ficará disponível no Bedrock, podendo ser usado como base para o desenvolvimento e treinamento de ferramentas de IA. As iniciativas são da AWS, braço da Amazon voltado para a área de computação em nuvem.

"Percebo um movimento que olha para produtos privados, um caminho que, até o momento, a Open IA não ofereceu. A empresa chegou com a ideia de ‘um mesmo serviço para todo mundo’, enquanto a concorrência está olhando para as empresas e organizações que querem produtos mais privados e específicos", avalia Lopes, da Alura.

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