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Bitcoin tem pouco espaço para queda no curto prazo, avalia JPMorgan

Apesar de recente desvalorização do ativo, banco vê cenário de correção, e não nova tendência de queda

Bitcoin e outras criptomoedas acumulam perdas desde a última semana (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin e outras criptomoedas acumulam perdas desde a última semana (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 25 de agosto de 2023 às 11h28.

O bitcoin teve uma queda de mais de 10% na semana passada e enfrenta um cenário de lateralidade nesta semana, mas o banco JPMorgan acredita que o ativo tem, agora, pouco espaço para novas desvalorizações no curto prazo. Em relatório, analistas do banco explicaram os motivos por trás dessa visão.

De acordo com análises do banco a partir dos contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, a maior parte das posições futuras de preço do ativo tomadas por investidores estão "mais próximas do fim, e não do início", o que mostra um alto nível de liquidações já ocorridas.

As liquidações ocorrerem quando o preço fixado no contrato futuro firmado por um investidor é registrado pelo ativo, seja em movimentos de queda ou de alta. "Como resultado, nós vemos um espaço de queda limitado para o mercado cripto no curto prazo", diz o JPMorgan.

Na visão dos analistas, a queda do bitcoin e de outros ativos na última semana foi uma correção de preços em relação à forte alta após a decisão favorável ao token XRP em um processo contra a SEC, que acabou criando um rali de valorização. Já a reversão foi desencadeada pelo cenário macroeconômico.

O JPMorgan destacou uma "correção mais ampla em ativos de risco, como ações e, em particular, papéis de tecnologia, que por sua vez parece ter sido induzida por um posicionamento instável do setor, rendimentos reais mais elevados nos títulos do Tesouro dos Estados Unidos e preocupações de crescimento sobre a economia da China".

Queda do bitcoin vai continuar?

Além disso, os analistas também citaram as suposições sobre uma aparente venda de bitcoins por parte da SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, que teria ocorrido em 2022 mas só foi divulgada na última semana. O caso serviu como um "catalisador adicional de correção no mercado cripto".

Os mais prejudicados, segundo o JPMorgan, foram investidores que estavam mais expostos a posições que apostavam em uma valorização de criptoativos. Ao mesmo tempo, o banco acredita que o setor ainda pode ter incertezas no resto do ano, em especial após a SEC recorrer da decisão no caso contra o XRP.

À EXAME, especialistas afirmaram que uma reversão do quadro atual depende de notícias positivas para o mercado, seja um alívio quanto ao ciclo de juros nos EUA, um possível cenário mais positivo para a economia da China ou novidades sobre a análise dos pedidos de ETF de preço à vista de bitcoin pela SEC.

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