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Polícia prende 7 suspeitos de pendurar boneco com uniforme de Vini Jr em ponte

As detenções aconteceram dois dias após o craque, de 22 anos, ter sido alvo de novos insultos racistas durante uma partida do campeonato espanhol em Valencia

Polícia da Espanha: Três são "membros ativos de um grupo radical de torcedores de um clube madrileno" (Ivan Terron/Europa Press/Getty Images)

Polícia da Espanha: Três são "membros ativos de um grupo radical de torcedores de um clube madrileno" (Ivan Terron/Europa Press/Getty Images)

Publicado em 23 de maio de 2023 às 06h56.

Última atualização em 23 de maio de 2023 às 16h43.

Sete pessoas foram detidas nesta terça-feira, 23, na Espanha suspeitas de crimes de injúria racial e ódio contra o atacante brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid. As detenções aconteceram dois dias após o craque, de 22 anos, ter sido alvo de novos insultos racistas durante uma partida do campeonato espanhol em Valencia, o que provocou uma onda de indignação em todo o mundo.

No início da manhã, a Policia espanhola anunciou que quatro pessoas suspeitam de estarem envolvidos na colocação de um boneco que representava Vini Jr enforcado em uma ponte da capital espanhola fim de janeiro foram detidas. Elas são acusadas de "crime de ódio", afirmou a polícia espanhola em um comunicado. Três são "membros ativos de um grupo radical de torcedores de um clube madrileno", acrescenta a nota.

Horas depois, três torcedores do Valencia identificados pelo clube como os autores dos insultos racistas na partida do último, também foram detidos. Segundo o portal espanhol ABC, os três envolvidos no caso de domingo foram soltos após prestar depoimento. Eles também responderão por crime de ódio. Na Espanha não há uma tipificação específica para o racismo.

Boneco enforcado

O boneco, que tinha um uniforme Vini Jr, foi pendurado para simular um enforcamento em 26 de janeiro, depois da vitória de 3-1 do Real Madrid contra o Atlético de Madrid pelas quartas de final da Copa do Rei. Ao lado do boneco estava uma faixa com a frase "Madri odeia o Real".

Após o ataque, o Real Madrid denunciou um "ato lamentável e repugnante de racismo, xenofobia e ódio" contra o brasileiro e afirmou que esperava a apuração "de todas as responsabilidades daqueles que participaram em um ato tão desprezível".

A investigação, baseada principalmente em depoimentos, permitiu estabelecer que os quatro torcedores, "identificados durante partidas consideradas de alto risco dentro dos dispositivos de prevenção de violência no esporte, foram os supostos autores" do ataque, destacou a polícia.

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