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O que pode acontecer se a Copa do Mundo feminina for no Brasil em 2027

Especialistas analisam impactos e os ganhos que o país teria caso seja escolhido

A definição da próxima sede só será decidida em maio de 2024, e quem vota são os membros das 211 federações que integram a Fifa (Catherine Ivill/Getty Images)

A definição da próxima sede só será decidida em maio de 2024, e quem vota são os membros das 211 federações que integram a Fifa (Catherine Ivill/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 24 de agosto de 2023 às 12h07.

Última atualização em 24 de agosto de 2023 às 12h54.

O Brasil está na disputa para sediar a próxima Copa do Mundo feminina, que vai acontecer em meados de 2027. Apesar de até ser considerado favorito, o país vai concorrer com outras três potências: as candidaturas conjuntas de México e Estados Unidos, pela Concacaf, e de Alemanha, Bélgica e Holanda, pela Uefa, além da África do Sul.

A definição da próxima sede só será decidida em maio de 2024, e quem vota são os membros das 211 federações que integram a Fifa. Os projetos dos países postulantes precisam ser entregues até dezembro deste ano.

Muitos pontos positivos são considerados trunfos a favor da candidatura brasileira, tais como a ótima experiência com a Copa do Mundo masculina disputada aqui, em 2014, e a estrutura com as novas arenas. Além disso, e talvez o que pode pesar favoravelmente, é que a América do Sul nunca sediou a competição feminina.

“Trazer a Copa para o Brasil certamente seria um grande avanço, um impulso muito grande para consolidação da modalidade no Brasil para que atraia cada vez mais investidores, patrocinadores para financiar. O financiamento da modalidade é muito importante, se cobra muito que os clubes invistam mas tem de ter receita, não pode só sair o dinheiro. Tem de entrar também e isso depende dos patrocinadores mas a Copa do Mundo certamente daria todo esse impulso e eu torço para que possa acontecer. Também temos de frisar, a CBF tem investido muito, as redes de TV, o público em geral vem se mostrando muito mais simpático, passando a conhecer mais as jogadoras, passando a comentar, tudo isso é importante”, observa o presidente Marcelo Paz, do Fortaleza.

Especialistas analisam impactos e os ganhos que o país teria caso seja escolhido

"Caso o Brasil conquiste o direito de realizar a Copa do Mundo de 2027, a modalidade receberá uma atenção ainda maior da mídia. Muitas empresas começarão a realizar investimentos no futebol feminino, e aquelas que já investem devem aumentar os seus recursos. Teremos uma atenção especial por parte do governo. Será um período de avanço acelerado da modalidade no país", afirma Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

“Receber uma Copa do Mundo da Fifa depois de 13 anos, já contando com o know-how de uma grande operação, estrutura de estádios que precisará de poucas adaptações e rede hoteleira adequada, pode ser uma ótima aposta caso os custos sejam bem geridos e os aspectos de retorno para o país e cidades-sede bem metrificados para que possam ser atingidos. Também vale reiterar a importância e rota de crescimento do futebol e esporte feminino no Brasil. Os concorrentes pela vaga são fortes e acredito que o hype do futebol nos EUA, que terá acabado de sediar a versão masculina do torneio em 2026, colocam a candidatura conjunta com México como favorita”, analisa Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

"A Copa do Mundo, como evento, tem um potencial enorme de transformação. O futebol feminino no Brasil já passa por um processo grande de evolução e ter o evento no país aceleraria ainda mais esse processo, gerando mais conexões com público, marcas e investidores. Mais meninas praticando, mais empresas investindo e mais torcedores vibrando. A Copa mostra na prática que o produto é bom, rentável e pode deixar um legado significativo para o país. Torço para que tenhamos essa oportunidade aqui e isso impulsione ainda mais a modalidade", aponta Bruno Brum, CMO da Agência End to End, empresa que conecta o torcedor à sua paixão e é um hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo.

"Sediar a Copa do Mundo feminina fará com que tenhamos a atenção do mundo inteiro para o país do futebol. Só isso já seria um ganho enorme de visibilidade para nossas atletas e um facilitador para novos patrocinadores. Mas, além disso, será fantástico porque proporcionará aos brasileiros e brasileiras um salto no consumo e na cultura, naturalizando ainda mais a modalidade, com o prazer de ver de perto o melhor do futebol feminino mundial", acrescenta Liana Bazanela, diretora executiva de marketing do Sport Club Internacional.

"Torço para que o Brasil seja o país sede escolhido. Seria uma parte muito importante do processo de evolução da modalidade por aqui. Tudo cresce: interesse, audiência, número de praticantes, conexão com marcas patrocinadoras. Os custos seriam muito diferentes da Copa de 2014, porque estádios já existem e a curva de aprendizado foi cumprida. Seria um salto importante e definitivo para o nosso futebol feminino", opina Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let's Goal.

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