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Ginástica artística: conheça os movimentos banidos mais perigosos do esporte

Ao longo dos anos, ginastas como Kurt Thomas (EUA) e Olga Korbut (Rússia) criaram saltos inéditos considerados os mais perigosos da modalidade

Olimpíadas de 2024: movimentos banidos da ginástica (Jogos OlímpicosPT/ Frame YouTube/Reprodução)

Olimpíadas de 2024: movimentos banidos da ginástica (Jogos OlímpicosPT/ Frame YouTube/Reprodução)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 1 de agosto de 2024 às 10h47.

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Atletas voando nos aparelhos, saltos perfeitamente alinhados, collants bordados com pedras preciosas. A ginástica artística olímpica está entre os esportes mais difíceis (e bonitos) de se assistir . Mas o que há de hipnotizante na modalidade há também de perigoso — algo que algumas ginastas pelo mundo que pararam em macas e hospitais sabem bem.

Dentro do esporte, são comuns saltos ornamentais dos mais diversos e a criação de novos movimentos que levam os nomes dos atletas que os performam. Um bom exemplo é o duplo carpado, de Daiane dos Santos, ou os "Biles", criados por Simone Biles. Mas ao longo dos anos, ginastas como Kurt Thomas (EUA) e Olga Korbut (Rússia) foram além do nome: eles criaram movimentos inéditos na história da ginástica que são tão perigosos que foram banidos.

Abaixo, separamos os dois movimentos de Kurt e Olga que foram proibidos na ginástica olímpica. Confira:

Veja abaixo os dois movimentos mais perigosos da ginástica — que foram banidos

Salto Thomas

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Kurt Thomas foi um atleta estadunidense especialista no cavalo com alças. Foi o salto no solo, no entanto, que o deixou famoso: é dele o mortal "Salto Thomas", que foi banido e removido do Código de Pontos após vários acidentes graves. O movimento foi proibido no esporte especialmente após a tentativa de Elena Mukhina (Rússia) em repeti-lo, que resultou na quebra de sua cervical em dois lugares. Mukhina ficou tetraplégica por causa do acidente.

O maior problema do "Salto Thomas" é a saída. Segundo o USA Gymnasics, o movimento é constituído por "um salto de 1 ½ para trás em uma posição dobrada ou cravada com 1 ½ voltas ou um salto de 1 ½ para trás em uma posição de layout (reto) com 1 ½ voltas". A saída é feita apoiando a cabeça, pescoço e coluna no chão — o que causava muitos acidentes.

Kurt Thomas conquistou uma porção de medalhas em nome dos Estados Unidos durante o fim dos anos 1970 e início dos anos 1980, entre elas três de ouro pelo solo no Campeonato de Estrasburgo (1978) e solo e barra fixa no Mundial de Ft; Worth (1979) — competição da qual saiu com seis medalhas de oito finais. Além do "Salto Thomas", foi criador também do "Thomas", movimento no cavalo no qual o ginasta forma um círculo com as pernas em movimento no ar.

Salto Kurbut

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Olga Kurbut, que mudou a prática de esportes para as mulheres, é outra atleta que criou movimentos hoje proibidos na ginástica artística. Olga é reconhecida até hoje como uma das poucas ginastas que conquistou nota 10 na modalidade — além de ser criadora do "Salto Kurbut", também banido do esporte.

O "Salto Kurbut" é conhecido até hoje como o "looping mortal". Feito nas barras assimétricas, ele começa de cima da barra mais alta, com uma pirueta para trás que termina com o atleta segurando novamente a barra traseira. O movimento segue para a barra frontal, na qual o atleta apoia a barriga, faz um giro total encostado na barra e solta o corpo em direção à traseira, de costas.

A atleta o realizou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Depois que alguns ginastas performaram o movimento e sofreram lesões na coluna, o Código de Pontos o baniu. Tri-medalhista olímpica, Olga está entre as melhores esportistas da ginástica de todos os tempos. Em Munique, levou o ouro por equipes, solo e trave representando a União Soviética. Quatro anos mais tarde, nos Jogos de Montreal, conquistou o ouro por equipe e a prata na trave.

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