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Depois das Olimpíadas de Paris, Simone Biles 'aposenta' salto mais difícil da ginástica artística

O Yurchenko Double Pike, conhecido como Biles II, garantiu a vitória da atleta em várias finais dos Jogos Olímpicos de Paris

Simone Biles: entenda como funciona o salto mais difícil da ginástica (Loic VENANCE/AFP)

Simone Biles: entenda como funciona o salto mais difícil da ginástica (Loic VENANCE/AFP)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 3 de setembro de 2024 às 18h30.

Última atualização em 3 de setembro de 2024 às 18h31.

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Com sete medalhas de ouro na carreira, um documentário na Netflix e o título de maior ginasta da atualidade, Simone Biles parece estar longe da aposentadoria da ginástica olímpica. Mas já está disposta a deixar o Yurchenko Double Pike, salto mais difícil do esporte, para trás. O movimento, criado por ela e apelidado de Biles II, foi um dos que mais garantiu medalhas para a atleta.

Nesta segunda-feira, 2, Simone publicou uma foto nas redes sociais vestida toda de branco, sentada sobre a mesa de salto e em um cenário com flores. "Descanse em paz Yurchenko Double Pike", diz a legenda. Em Paris, ela já havia destacado que pararia de realizar o Biles II — em especial nas Olimpíadas de Los Angeles de 2028.

Salto que vale ouro

Em 2024, a norte-americana fez história com três novas medalhas de ouro (individual geral, equipe e salto). Boa parte delas foi conquistada por causa do salto, que tem alto grau de complexidade — a nota de dificuldade é de 6.400. Ele começa com uma rondada, seguida de uma volta completa apoiada no trampolim e entrada de costas na mesa de salto. Já no ar, a ginasta faz um duplo mortal carpado.

A pontuação máxima a ser tirada com o Biles II é 16.400, caso a ginasta tire 10.000 na nota de execução — algo que não acontece há anos. Nas Olimpíadas de Paris, a atleta conseguiu conquistar uma nota de 15.700 na final do salto, usando o movimento.

Vale dizer que somente Simone Biles consegue realizar esse salto.

Carreira sólida

Depois de mais uma edição histórica dos Jogos Olímpicos em Paris, Simone Biles voltou com a mala recheada de medalhas. A jornada da ginasta norte-americana até os pódios nas Olimpíadas de Paris foi tão impactante que virou até uma série documental: "O Retorno de Simone Biles", da Netflix.

A atleta teve uma longa jornada de preparação da ginasta para as Olimpíadas, que envolve um processo intenso de equilíbrio entre treinamentos, preparação psicológica e vida pessoal. Esse balanço, tão fundamental para a saúde mental, é um dos pilares para Biles. Em 2021, nas Olimpíadas de Tóquio, ela chocou o mundo ao desistir de quatro competições de ginástica artística, na individual geral, no salto, nas barras assimétricas e no solo. A renúncia foi um dos maiores alertas já dados sobre os problemas de saúde mental que afetam atletas de elite.

Se em 2021 Biles terminou sua rodada de campeonatos com apenas duas medalhas olímpicas, de prata (equipe) e de bronze (trave), neste ano, a ginasta mostrou que o foco no equilíbrio surgiu grandes efeitos. Com as conquistas de Paris, Biles é atualmente a segunda maior atleta de ginástica artística da história, tendo recebido 11 medalhas olímpicas — sete delas de ouro. A primeira posição é de Larisa Latynina, atleta russa que tem a incrível coleção de 18 medalhas olímpicas. 

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