Camisa da Seleção Brasileira: edição de 2022 conta com gravuras que remetem às onças pintadas brasileiras. (Nike/Divulgação)
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), confirmou nesta quinta-feira, 10, que um dos jogadores da Seleção Brasileira de Futebol irá utilizar a camisa de número 24 na Copa do Mundo Fifa no Catar.
Em 92 anos de Copas do Mundo Fifa, esta é a primeira vez que o Brasil deixará o preconceito de escanteio e permitirá que um dos atletas use a camisa com o número que ainda gera polêmicas em alguns clubes e torcidas. A decisão de utilizar o número 24 nesta Copa do Mundo veio do novo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que foi eleito no mês de março e prometeu uma gestão pautada no fim da segregação e do preconceito.
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Após a decisão, Tite, que é o atual técnico do time, escolheu o atleta que dará início a uma era de futebol livre de preconceitos. O escolhido é zagueiro do Juventus e da Seleção Brasileira, Gleison Bremer, de 25 anos de idade.
A ausência das camisas de número 24 nos campeonatos de futebol brasileiros se da por conta de um preconceito que existe há anos. Acontece que no jogo do bicho, que é um sistema de apostas ilegais inventado no Brasil, o 24 representa o veado, animal cujo nome tem a pronúncia igual a um dos insultos que mais são dirigidos a pessoas homossexuais.
Por conta disso, a grande maioria dos clubes e dos atletas evita a utilização do número em seu uniforme, e, se por acaso houver a obrigação de numerar um jogador como o 24, os times escolhem jogadores com menos visibilidade ou até mesmo atletas estrangeiros.
O Brasileirão Série A, por exemplo, conta com 20 times, dos quais apenas 4 tem um jogador com a camisa 24. São eles: Santos, Corinthians, Atlético-MG e Internacional.
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