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Casa dos Ventos e Vestas investem R$ 5 bi em parque eólico de 828 MW

Complexo energética será instalado nos municípios de Dom Inocêncio, Lagoa do Barro e Queimada Nova, na região centro-sul do Piauí

O CEO da Vestas afirma que a fabricante trabalha para ampliar a competitividade do mercado brasileiro (Image Source/Getty Images)

O CEO da Vestas afirma que a fabricante trabalha para ampliar a competitividade do mercado brasileiro (Image Source/Getty Images)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 21 de dezembro de 2025 às 14h08.

A desenvolvedora de energia renovável Casa dos Ventos e a fabricante dinamarquesa de turbinas Vestas anunciaram nesta semana a contratação de equipamentos para o complexo eólico Dom Inocêncio, no Piauí.

O acordo ultrapassa o valor de mais de R$ 5 bilhões e marca uma possível retomada dos investimentos após um período de desaceleração no fornecimento em grande escala para o setor eólico brasileiro desde 2023.

O complexo, com capacidade de 828 megawatts (MW), será instalado nos municípios de Dom Inocêncio, Lagoa do Barro e Queimada Nova, na região centro-sul do estado. A Vestas fornecerá 184 turbinas do modelo V150-4.5 MW e será responsável pela construção e pela operação e manutenção das unidades por 25 anos. O início das obras está previsto para 2026, com conclusão em 2028.

Quando estiver em operação, o Dom Inocêncio terá capacidade equivalente para abastecer aproximadamente 2 milhões de residências, contribuindo para aumentar a participação de fontes renováveis na matriz elétrica nacional.

Retomada de investimentos em energia

Lucas Araripe, diretor-executivo da Casa dos Ventos, explica que a parceria busca trazer soluções que oferecem a confiabilidade e performance necessárias para um empreendimento nessa dimensão. “Esse novo acordo é mais uma demonstração do nosso compromisso em apoiar a expansão do caráter renovável da matriz elétrica brasileira”, conta.

O projeto deve gerar mais de 8,5 mil empregos diretos e indiretos ao longo de sua construção e operação, conforme estimativas da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e de estudo da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

A escolha pelo Piauí, segundo as empresas, quer firmar o estado como um polo estratégico para energia eólica. Atualmente, o Piauí é o terceiro maior gerador dessa fonte no Brasil, com ventos que atingem velocidade média acima de 12 metros por segundo em áreas do sudeste e litoral.

O estado registrou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 80,9 bilhões em 2023, com crescimento real de 3,1%, e acumula uma expansão econômica de 111,8% entre 2002 e 2023.

Competitividade do mercado eólico brasileiro

“É uma honra apoiar um parceiro que compartilha da mesma ambição: desenvolver projetos que impulsionam a transição energética, ampliam o acesso à energia limpa e estimulam o crescimento socioeconômico nas regiões onde estão”, disse Eduardo Ricotta, CEO da Vestas para a América Latina.

O executivo afirma que a fabricante trabalha para ampliar a competitividade do mercado brasileiro, impulsionando um ambiente de negócios baseado em tecnologia de ponta.

A parceria entre a Casa dos Ventos e a Vestas soma oito anos de colaboração. Para a fabricante dinamarquesa, o novo contrato fortalece sua posição no mercado brasileiro e demonstra a capacidade do país em atrair projetos complexos de grande porte.

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