Esfera Brasil

Um conteúdo Esfera Brasil

Os próximos passos da reforma tributária no Congresso

Governo tem 180 dias para regulamentar novo sistema tributário

Efetivação da reforma depende da regulamentação de 71 pontos da emenda constitucional (Marcos Oliveira/Agência Senado/Flickr)

Efetivação da reforma depende da regulamentação de 71 pontos da emenda constitucional (Marcos Oliveira/Agência Senado/Flickr)

Esfera Brasil
Esfera Brasil

Plataforma de conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2024 às 06h05.

A volta dos parlamentares aos trabalhos a partir desta semana traz, entre os desafios para a articulação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a necessidade de encontrar consenso sobre pontos da reforma tributária a serem regulamentados. A expectativa é que sejam elaborados pelo menos três projetos de lei nessa direção.

Em relação ao mecanismo de cashback, o governo estuda propor que a população de baixa renda tenha a devolução de valores gastos com as contas de água e esgoto. Também deve estar nesse pacote inicial uma proposta sobre o funcionamento do Comitê Gestor, que vai reunir representantes de Estados e municípios para gerir os valores arrecadados pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Ao todo, 71 pontos no texto aprovado pelo Congresso dependem de regulamentação, entre eles a definição dos itens da cesta básica que devem contar com isenção tributária e quais serão os produtos que terão incidência do Imposto Seletivo (IS). Para debater esses e outros pontos, 19 grupos de trabalho foram formados pelo Ministério da Fazenda em janeiro.

Com a promulgação da emenda constitucional que muda o sistema de tributação de consumo do País, no fim do ano passado, é preciso que os projetos de lei complementares para a efetivação da mudança no sistema tributário sejam endereçados no prazo de 180 dias. Agora, cabe aos deputados e senadores aprovarem leis complementares que irão determinar, por exemplo, qual será a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

Considerada grande trunfo da política fiscal do governo, com perspectiva de impactos positivos na produtividade e crescimento econômico do País nos próximos anos, a reforma tributária propõe a extinção de cinco impostos, entre tributos federais e outros que atualmente são de responsabilidade de estados e municípios. Entre as principais mudanças no sistema tributário, está a alteração da tributação para o local de destino, diferentemente do que ocorre atualmente.

Tais tributos serão unificados em dois impostos diferentes. Além do já citado IBS, que entra no lugar do Imposto sobre Serviços (ISS) e do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), também passa a valer a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substitui impostos que atualmente são de responsabilidade da esfera federal: Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

De acordo com a emenda constitucional, a transição para o novo regime tributário está prevista para começar em 2026, com o início da cobrança do CBS e do IBS, com alíquotas teste.

Acompanhe tudo sobre:CongressoGoverno LulaReforma tributária

Mais de Esfera Brasil

Lula diz a líderes mundiais que multilateralismo é resposta à crise global

Autotechs oferecem recarga para carros elétricos e digitalização de estacionamentos

Preferência da geração Z por meios digitais influencia iniciativas em IA para fidelizar clientes

Fim da escala 6x1 deve combinar melhor qualidade de vida e necessidades econômicas das empresas