Ciência

Coronavírus é mais infeccioso antes da aparição dos sintomas, diz estudo

Estudo recente mostra que a doença pode começar a ser transmitida entre pessoas até dois antes da identificação dos primeiros sintomas

Coronavírus: doença pode ser disseminada mesmo antes da aparição dos sintomas (Flickr/Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos/Divulgação)

Coronavírus: doença pode ser disseminada mesmo antes da aparição dos sintomas (Flickr/Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos/Divulgação)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 17 de abril de 2020 às 06h00.

Última atualização em 17 de abril de 2020 às 06h00.

Um estudo recente publicado no periódico científico Nature Medicine traz mais preocupações em relação à disseminação do novo coronavírus. As descobertas mostram que o vírus da covid-19 é ainda mais infeccioso quando está presente em pacientes que ainda não demonstraram os sintomas da doença.

Segundo os cientistas responsáveis pela pesquisa divulgada na quarta-feira (15), há uma maior carga viral encontrada na garganta de pacientes que ainda não demonstraram sintomas da doença em relação aos contaminados que já tiveram sintomas como dor de cabeça, febre e tosse.

Curiosamente, a partir do momento em que os sintomas são identificados, a carga viral diminui e os doentes passam a ter um poder menor de contaminação da covid-19.

A pesquisa também mostra que as pessoas podem se tornar agentes contaminadores da doença entre dois e três dias antes de apresentarem sintomas de que estão infectados com o novo coronavírus.

Com base nos resultados, a recomendação dos pesquisadores é de que sejam adotados urgentemente critérios mais rigorosos e inclusivos para identificar doentes e, assim, impedir a contaminação em massa.

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