Singapura aposta em retomada de viagens com vacinação
Os esforços de Singapura para abrir as fronteiras foram paralisados. E o plano para permitir que viajantes de negócios sejam dispensados da quarentena ainda não se concretizou
Daniel Salles
Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 09h40.
Os países poderiam flexibilizar os controles das fronteiras e permitir mais viagens se houver padrões para certificados de vacinação que possam ser usados por autoridades de imigração para ajudar a determinar as políticas de entrada, disse o ministro de Transportes de Singapura, Ong Ye Kung.
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“Essa é realmente a luz no fim do longo túnel”, disse Ong em entrevista à Bloomberg Television na segunda-feira. “Com a vacinação e o certificado, podemos começar a flexibilizar algumas medidas de fronteiras para permitir que algumas viagens comecem a ocorrer no decorrer deste ano.”
Ong disse que não está ansioso por uma recuperação em forma de V no setor de aviação, mas espera que alguns corredores de viagens com outros países possam ser abertos neste ano, à medida que mais pessoas sejam vacinadas e regiões se tornem seguras ou alcancem a imunidade coletiva. Em vez de uma recuperação total, o foco neste ano será encontrar “uma nova norma” que permita que as viagens aconteçam, disse.
Os esforços de Singapura para abrir as fronteiras foram paralisados. O plano para permitir que viajantes de negócios sejam dispensados da quarentena e fiquem em uma instalação exclusiva perto do aeroporto ainda não se concretizou, segundo reportagem do Business Times na segunda-feira. O programa piloto Connect@Singapore para empresários e os chamados viajantes de alto valor econômico deveria começar em janeiro, mas o Conselho de Turismo não selecionou operadores para as instalações que hospedariam os visitantes
Fórum Econômico Mundial
O atraso do plano da bolha - onde visitantes poderiam entrar sem fazer quarentena por 14 dias, desde que permanecessem em uma instalação perto do aeroporto de Changi e passassem por testes regulares - segue o adiamento do encontro anual do Fórum Econômico Mundial, que Cingapura deveria sediar em maio. Um corredor planejado com Hong Kong também foi suspenso em novembro, após um salto dos casos de coronavírus naquela cidade.
Ong disse que o governo trabalha para que a reunião do Fórum Econômico Mundial possa ser realizada em agosto sem que os participantes tenham que fazer quarentena de 14 dias.
Uma instalação na Singapore Expo foi identificada como possível operadora para o piloto, desenvolvido por um consórcio liderado pela Temasek Holdings, segundo a qual o centro está no prazo para abrir no primeiro trimestre, de acordo com a reportagem. Terá inicialmente 670 quartos e 170 salas de reuniões.
Com a colaboração de Michelle Jamrisko.