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Retrospectiva Spotify: os artistas e podcasts mais escutados por executivas em 2025

A retrospectiva musical do Spotify de diversas executivas brasileiras reflete um mix de influências que vão de clássicos brasileiros até ícones internacionais do rock e do pop

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 5 de dezembro de 2025 às 10h18.

Última atualização em 5 de dezembro de 2025 às 11h08.

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A retrospectiva musical do Spotify de diversas executivas brasileiras reflete um mix de influências que vão de clássicos brasileiros até ícones internacionais do rock e do pop.

Giovana Orlandeli, Emily Ewell, Juliana Soncini, e Stephanie Wenk têm em comum o hábito de consumir conteúdos que buscam inspiração e atualização, tanto para o trabalho quanto para o desenvolvimento pessoal. Elas buscam podcasts e músicas que tragam reflexões sobre o comportamento humano, liderança, e tendências do mercado, com foco em temas como propósito, bem-estar, e inovação.

Entre os podcasts mais ouvidos estão The Business of Fashion, The Diary of a CEO, e The Peter Attia Drive, que oferecem insights sobre marketing, consumo, e liderança. Além disso, elas utilizam a música como uma forma de equilibrar a rotina intensa, com artistas como Alicia Keys, Amy Winehouse, e Caetano Veloso, que proporcionam desde momentos de introspecção até energia para o dia a dia. Confira.

Giovana Orlandeli, diretora de marketing da Eudora, Truss, O.U.I, Vult e growth do Grupo Boticário

Giovana Orlandeli, diretora de marketing da Eudora, Truss, O.U.I, Vult e growth do Grupo Boticário (Divulgação/Divulgação)

Minha retrospectiva deste ano mostra que eu passei muito mais tempo ouvindo podcasts do que músicas e isso tem tudo a ver com a minha rotina. Eu escuto principalmente indo para o trabalho, no trajeto de ida e volta, e também durante o café, quando gosto de começar o dia com alguma ideia nova e me atualizando de tudo que está acontecendo para trazer bons insights para as marcas que estou inserida como Eudora, Truss, O.U.I e Vult.

Na lista de podcasts, aparecem vários que me acompanham com frequência. Vibes em Análise virou companhia constante, especialmente em episódios como “Sentidos do Trabalho”. Para me manter atualizada e inspirada, alterno entre On Strategy Showcase, The Science of Social Media e Future of StoryTelling (FoST), que trazem reflexões e referências que eu consigo levar para o dia a dia.

Quando quero um olhar mais jornalístico e direto sobre o que está acontecendo, entro no The News e no Tudo que Importa. E, por trabalhar próxima ao universo de marca, consumo e moda, Propaganda não é só isso aí, Circle Consumidor Moderno, Podcast Nielsen Brasil e The Business of Fashion Podcast também aparecem bastante.

Para equilibrar com temas mais humanos e bem-estar, New Me, Camomilla, Vozes de Amparo, One Better Question, TED Talks Daily e TEDx Shorts completam o meu circuito de escuta.

A música entra mais como um espaço de pausa emocional, quase um contraponto ao ritmo intenso dos podcasts. Tenho voltado muito para as clássicas músicas da Amy Winehouse, que sempre me prende pela interpretação e pela honestidade. Alicia Keys também aparece com frequência, com canções que misturam energia e sensibilidade.

Em momentos mais leves, gosto de faixas animadas como Big Jet Plane, de Angus & Julia Stone, e de coisas mais pop, como Imagine Dragons. E a presença brasileira vem com Marisa Monte, que traz uma calma familiar e um tipo de alegria que combina com o fim de tarde ou com um tempo mais tranquilo em casa.

Emily Ewell - CEO e Fundadora da Pantys

Emily Ewell, CEO e cofundadora da Pantys (Arquivo pessoal/Divulgação)

Liderar a Pantys sempre me lembra da força das mulheres e da importância de criar com propósito. Por isso minhas inspirações deste ano passam por artistas que traduzem potências femininas como Taylor Swift, Dua Lipa, Shakira e Billie Eilish. Cada uma me lembra que inovação também nasce da coragem e delicadeza.

Como sou norte-americana, a música também é uma forma de me conectar com o Brasil. Caetano Veloso é sempre meu ponto de quietude e poesia. Ele me lembra dessa mistura linda de naturalidade e autenticidade que guia tudo o que criamos.

Nos podcasts busco reflexões que ampliam minha visão como líder. O Diary of a CEO me inspira com conversas sobre propósito, vulnerabilidade e negócios de verdade. Já o The Peter Attia Drive me lembra que o impacto começa pelo cuidado com saúde e clareza mental.

Em resumo, minha retrospectiva é um refúgio no meio da rotina: um espaço em que encontro inspiração e direção para continuar liderando uma marca tão potente e transformadora como a Pantys.

Juliana Soncini, Diretora de Marketing da Havaianas

Juliana Soncini, Diretora de Marketing da Havaianas (Wanezza Soares/Divulgação)

Para mim, cultura é combustível diário. Como trabalho com uma marca que é praticamente sinônimo de Brasil, minhas inspirações também passam por essa mistura de leveza, ritmo e autenticidade.

Na minha retrospectiva do ano, a trilha sonora foi um grande combustível em diferentes momentos. Gilsons e Liniker sempre me trazem a energia solar. Djavan e Maria Gadú entram na playlist que acalma e inspira em dias corridos. Mart’nália traz aquela ginga deliciosa que é pura brasilidade. E, claro, Boyce Avenue, que entra como meu momento “pausa”, com versões acústicas que deixam a cabeça respirar.

Nos podcasts, eu gosto de navegar por universos diferentes. No Bom Dia, Obvious, encontro referências estéticas, conversas leves e um olhar contemporâneo sobre comportamento. O ‘Não Inviabilize: Picolé de Limão’ é meu queridinho para lembrar que o Brasil real é cheio de histórias incríveis (e às vezes inacreditáveis!). E o Desmarketize-se, do João Branco, sempre traz reflexões importantes sobre liderança, propósito de marca, consumidor moderno e o papel do marketing hoje.

Essas escolhas dizem muito sobre como eu penso e trabalho: sempre tentando entender pessoas, movimentos e emoções. No fim do dia, tudo isso acaba voltando para o meu dia a dia na Havaianas, onde a cultura é parte do nosso DNA e da forma como nos conectamos com milhões de pessoas.

Stephanie Wenk, Diretora Criativa da Sauer

Stephanie Wenk, Diretora Criativa da Sauer (Divulgação/Divulgação)

Minha retrospectiva musical reflete perfeitamente meus interesses e momentos do dia. Ela mostra exatamente o que eu procuro para atravessar a rotina com mais foco e sensação de calma. Ultimamente tenho ouvido muito Max Richter e Philip Glass, porque adoro esse minimalismo que organiza a cabeça. Aí, quando quero uma energia mais viva sem perder leveza, entro no eletrônico orgânico e luminoso do Caribou. E tem também uma parte mais hipnótica e experimental que eu amo, Dave e Mathmos, além do Ricardo Villalobos, para quando quero ‘calma com intensidade’, aquele transe gostoso que parece esticar o tempo.

Nos podcasts, meus hábitos também são bem claros. O Café da Manhã é o que eu mais coloco para tocar, toda semana, e geralmente escuto em casa de manhã ou à noite. Como eu viajo de avião com frequência, aproveito muito esses momentos para ouvir episódios mais longos, tipo Acquired — não consigo acompanhar tanto quanto gostaria, mas acho todos incríveis. O Desert Island Discs é meu ritual mais tranquilo: pego um episódio a cada quinze dias, ou um pouco mais espaçado, e é sempre uma delícia. Já o Foro de Teresina entra como um respiro mensal, mais ou menos uma vez por mês. E por fim, ouço o podcast da BOF, que eu gosto de ir alternando conforme a semana e o tema.

Fernanda Viola, Diretora de Comunicação e Marketing Institucional no Azzas 2154

Fernanda Viola, Diretora de Comunicação e Marketing Institucional no Azzas 2154 (Divulgação/Divulgação)

Minha retrospectiva musical é retrato muito fiel do que fez parte da minha rotina e do que teve significado especial ao longo do ano. Ela reúne artistas que me acompanham há muito tempo e outros que marcaram momentos recentes especiais. The Beatles seguem como uma presença constante todos os anos: são um clássico presente em momentos importantes da minha vida, como no meu casamento, até como companhia de cantorias durante viagens de carro. Gilberto Gil também se destacou, ainda mais neste ano tão simbólico com sua turnê de despedida. Levei minha mãe ao show, uma experiência única e que se tornou uma lembrança eternamente valiosa para nós duas.

Ao lado disso, há vozes femininas brasileiras muito potentes. Rita Lee remete à minha infância, quando era trilha sonora em casa. Hoje, gosto de ouvi-la aos fins de semana enquanto cozinho sem pressa, com uma boa taça de vinho. Marília Mendonça, com sua interpretação única e potente, representa a força da música sertaneja brasileira feita por mulheres. O cantor Silva completa minha retrospectiva de artistas com um repertório leve, que ajuda a desacelerar a mente.

Nos podcasts, minhas escolhas refletem minha curiosidade e a vontade de me manter sempre atualizada. Mano a Mano está entre os que mais escuto por trazer entrevistas consistentes, com diferentes perspectivas sobre a sociedade e as diversas realidades do país. Já o The BOF Podcast faz parte da minha rotina profissional: por trabalhar com moda, encontro ali uma forma prática e inspiradora de acompanhar as discussões e tendências do setor.

Paula Kim, Co-criadora da P.Andrade

Paula Kim, Co-criadora da P.Andrade (Divulgação/Divulgação)

Ultimamente minhas de músicas tem funcionado para certas ocasiões do meu dia a dia: para concentração e criação, como Ryuichi Sakamoto, onde existem arranjos minimalistas com muito espaço entre as notas, sem informações auditivas excessivas, me ajudando a focar bastante.

Para me animar no trânsito de São Paulo escuto no carro Carol G e aproveito para treinar os meus ouvidos com o espanhol.

Tangana aprecio pela complexidade boa dos arranjos do som, ótimo para dirigir e exercitar o cérebro em um trânsito caótico. NewJeans... happy and sunny days, ótimo para um karaokê solo no carro, não tem como errar com Kpop!

Patricia Lima, Fundadora da Simple Organic

Patrícia Lima, Simple Organic

Patrícia Lima, fundadora da Simple Organic (Simple Organic/Divulgação)

Minha retrospectiva do ano reflete exatamente o que marcou minha rotina e meus momentos especiais. No segundo semestre, vivi uma verdadeira obsessão por Olivia Dean, inclusive fui ao show dela em Nova York, porque acredito que ela foi um dos grandes nomes que despontaram este ano. João Gomes embalou minhas manhãs, enquanto Linkin Park voltou com força nas minhas playlists por conta do novo álbum indicado ao Grammy.

No topo do ranking segue ele: Bad Bunny, presença garantida em todas as minhas playlists. E, claro, não deixo a brasilidade de lado: Tiaguinho é parte fixa do meu dia a dia, seja nos plays ou nos shows, porque tem essa capacidade única de levantar o astral.

Nos podcasts, “Vou Te Mandar Um Áudio”, da Cristina Junqueira, virou indispensável pela forma direta e inteligente de traduzir ideias. Já “O Que Tem Na Sua Carteira?” foi outro destaque do ano, pela importância de democratizar a educação financeira entre mulheres, Manu e Ana Buchain realmente entregam muito mais que um podcast.

No fim, minha retrospectiva reúne descobertas, paixões antigas e tudo o que fez sentido na minha vida ao longo do ano.

Anna Carolina Bassi, Co-fundadora da Carol Bassi Brand

Anna Carolina Bassi, Co-fundadora da Carol Bassi Brand (Divulgação/Divulgação)

A minha retrospectiva musical deste ano traduz exatamente o que me acompanhou nos bastidores da rotina, tanto nos momentos de criação para a marca quanto nas pausas que me ajudam a recarregar a energia. Ela mistura artistas que sempre fizeram parte da minha vida com outros que se tornaram trilha de fases recentes.

Whitney Houston, INXS, Cyndi Lauper, Roxette e Duran Duran, por exemplo, são nomes que escuto há anos e que carregam uma nostalgia boa, daquelas que despertam memórias e me colocam no ritmo para começar o dia. Eles acabam me acompanhando em tudo: nos treinos, no carro, nos momentos mais criativos e até entre um compromisso e outro.

Este ano também mergulhei mais fundo em conteúdos que provocam reflexão. Meu podcast mais ouvido foi Clodovil do Avesso, da ELLE, uma narrativa fascinante sobre um dos personagens mais marcantes da moda brasileira. Como alguém que vive esse universo intensamente, me interessa entender as figuras que ajudaram a moldar a nossa história, seus conflitos, suas genialidades e a capacidade que tiveram de influenciar gerações. Ouvir esse podcast virou quase um ritual, uma forma de me conectar com a memória da moda enquanto continuo construindo o presente dela à frente da Carol Bassi Brand.

No fim, minha retrospectiva é quase um auto retrato: ela revela as referências que me movem, o que me inspira e tudo que de alguma forma dialogou com meu ano, entre música, trabalho, rotina, descobertas e aquilo que faz sentido para mim como mulher, empreendedora e criadora.

Renata Altenfelder, CMO da Lojas Renner SA

Para Renata Altenfelder, diretora de marketing do ecossistema da Lojas Renner (Claudio Belli/Divulgação)

Minha retrospectiva deste ano reflete de forma muito simples quem eu sou e como eu vivo meus dias. É a trilha que realmente me acompanha nos momentos mais comuns da rotina. Em casa, por exemplo, eu sempre acabo voltando para Marisa Monte, Agnes Nunes e música brasileira no geral. São canções que combinam com o meu ritmo mais calmo, quando estou desacelerando, cuidando das coisas ou só aproveitando o momento.

Já quando estou dirigindo, costumo escutar Vintage Culture e The Lumineers, que têm músicas que me dão energia e ajudam a organizar os pensamentos. E Taylor Swift aparece no meio disso tudo como uma companhia constante.

Com podcasts, a lógica segue parecida: escuto quase sempre no carro, quando realmente consigo mergulhar na conversa. The Happiness Lab virou um dos meus favoritos porque me apresenta novas perspectivas, me faz repensar algumas coisas e, no geral, expande um pouco a forma como enxergo o mundo. Já O Assunto entrou como uma maneira prática e inteligente de me manter atualizada já que é direto, claro e me ajuda a acompanhar o que importa sem sobrecarregar.

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