Os melhores vinhos à venda no Brasil em 2011
Bíblia do vinho, a revista Wine Spectator elegeu os rótulos imperdíveis lançados no ano passado; veja os que já estão à venda por aqui ou chegarão em breve
Gabriela Ruic
Publicado em 14 de outubro de 2011 às 18h47.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h36.
São Paulo - Uma das mais importantes publicações sobre o mundo dos vinhos, a Wine Spectator, produz, anualmente, uma lista dos 100 melhores rótulos do ano. Em 2010, os profissionais da revista, entre críticos e jornalistas especializados, provaram mais de 15.000 vinhos produzidos nos quatro cantos do globo, dos quais cerca de 4.000 foram avaliados com nota acima de 90, considerada excelente. A partir desta segunda seleção, os rótulos são então reavaliados a partir de quatro critérios: qualidade, que é representada pela nota atingida na primeira crítica, o valor da garrafa, disponibilidade do vinho, ou seja, quantas caixas da safra são produzidas e exportadas, e o mais subjetivo dos critérios , o chamado X-factor, descrito pelos profissionais da publicação como nível de “excitement”, que pode ser traduzido como a empolgação dos juízes ao provarem determinada bebida. De acordo com a revista, foram identificadas em 2010 duas importantes tendências para o setor: o notável crescimento de rótulos cada vez mais exclusivos e de produção limitada e o surgimento de marcas de qualidade por preços mais acessíveis aos consumidores. Segundo a Wine Spectator, os entusiastas da enologia têm procurado, cada vez mais, vinhos produzidos com variedades de uvas menos conhecidas e provenientes de novas regiões produtoras, como a Hungria, por exemplo. Da lista com 100 nomes, Exame.com selecionou 10 rótulos à venda no Brasil ou que ainda neste ano chegarão por aqui. Portanto, sommeliers amadores de plantão podem entrar em contato com a importadora preferida para obterem, com precisão, a data de lançamento do rótulo desejado:
A respeitada vinícola americana Paul Hobbs não poderia deixar de fazer parte do top 10 da Wine Spectator. Este rótulo específico ficou em 6º lugar na seleção oficial, tendo recebido nota 94. O vinho é produzido com uvas colhidas em seis vinícolas diferentes, todas localizadas na região do Russian River Valley, no condado de Sonoma, norte da Califórina. Desta safra, 3.644 caixas foram produzidas e no Brasil, por ora, apenas a safra 2006 é possível de ser encontrada na importadora Mistral, onde custa cerca de 230 reais. A empresa diz que ainda não pode precisar quando receberá a safra indicada pela Wine como uma das melhores de 2010, mas garante que será em breve.
Só 5.000 caixas deste Syrah australiano foram produzidos, pela Schild Estate, localizada na região vinícola de Barossa Valley, no sul da Austrália. Originalmente na 7ª posição do ranking da Wine Spectator, o vinho recebeu nota 94. É considerado de primeira linha a um preço módico, pois nos Estados Unidos este Syrah, safra 2008, custa cerca de 20 dólares. O vinho, no entanto, ainda não chegou ao Brasil. A Decanter, importadora da Schild, informa que em cerca de dois meses o Shiraz Barossa estará à venda por 103 reais.
A família produtora deste vinho é dona de terras na região do Vale do Douro, em Portugal, desde os idos de 1600, mas apenas há cerca de dez anos que a empresa começou a focar na produção de vinhos. Este exemplar, safra 2007, ficou em 9º lugar na lista da Wine Spectator, tendo atingido nota 94 em qualidade. Vendido por cerca de 27 dólares nos Estados Unidos, teve produzidas cerca de 9.000 caixas. No Brasil, a importadora deste rótulo é a World Wine e está á venda por 98 reais.
Este renomado vinho do porto é produzido pela vinícola Dow, fundada em 1798 e primeira britânica a fabricar vinho do porto, tipicamente português. O rótulo atingiu a nota máxima, 100, na avaliação da Wine Spectator, e agradou até mesmo o paladar de Robert Parker, famoso crítico de vinhos cujo olfato é segurado em um milhão de dólares. O sommelier o classificou com cinco estrelas, sinônimo de um vinho perfeito para enólogos e sommeliers. No Brasil, o Vintage Port ainda não está disponível, mas segundo informações da Épice, importadora da Dow no Brasil, deve chegar ao mercado nacional no segundo semestre. Nos Estados Unidos, o preço da garrafa é 80 dólares, mas, em solo brasileiro, quem quiser comprar um exemplar do Dow’s Port terá de desembolsar cerca de 544 reais, preço atual da safra 1997 no país.
A safra foi engarrafada em 2008, de acordo com a vinícola responsável por sua produção, a californiana Ridge. Ainda segundo a empresa, esse vinho tem potencial para ficar armazenado de 25 a 30 anos, melhorando ainda mais sua qualidade, desde que armazenado de maneira correta. Originalmente, este vinho figura na 21ª posição da Wine Spectator, com nota 95 e é vendido nos Estados Unidos por cerca de 60 dólares. Da safra avaliada, apenas 13 lotes foram produzidos. No Brasil, o vinho pode ser encontrado na Mistral, e é vendido por aproximadamente 330 reais.
Para Wine Spectator, o Douro Reserva 2007 ficou na 22ª posição entre os melhores vinhos do ano passado. Robert Parker o classifica como “o vinho para sábios caçadores de pechinhas”, por seu nível de excelência entre preço e qualidade. Produzido na tradicional região do Vale do Douro, em Portugal, esta safra atingiu nora 96 e é vendido nos Estados Unidos por 60 dólares. No Brasil, é importado pela Cantu, já disponível para a venda pelo preço sugerido de 220 reais.
Vinho italiano, produzido na região da Toscana, o Modus 2007 recebeu nota 96 da Wine Spectator e figurou na 25ª posição da lista produzida pela publicação dos vinhos mais importantes de 2010. Nos Estados Unidos, o rótulo pode ser comprado por cerca de 35 dólares, já no Brasil, a safra disponível, do ano de 2005, custa 243 reais. O exemplar 2007, deve chegar ao Brasil no segundo semestre deste ano, através da importadora Épice. O preço, no entanto, ainda não foi estimado.