Google lança novos celulares e smartwatch para enfrentar iPhone 14
Empresa de tecnologia fará, pela primeira vez, ecossistema de dispositivos para linha Pixel que inclui até fones de ouvido
Bloomberg
Publicado em 13 de outubro de 2022 às 11h48.
Última atualização em 13 de outubro de 2022 às 17h58.
O Google, da Alphabet, já vende celulares com sua própria marca há quase uma década, mas seu fracasso em conquistar os consumidores foi tão total que seus anúncios mais recentes começam perguntando: “você sabia que o Google faz telefones?”
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A empresa mais conhecida por seus serviços online está tentando mais uma vez, com a sétima geração de smartphones Pixel — mas desta vez faz uma aposta séria em uma linha completa que inclui relógio digital e “um verdadeiro portfólio de produtos Pixel pela primeira vez”, nas palavras do vice-presidente sênior e chefe de equipamentos, Rick Osterloh.
Os aparelhos Pixel 7 e 7 Pro com tecnologia Android são acompanhados peloPixel Watch, que usa o sistema WearOS, e o fones de ouvido sem-fio Google Pixel Buds Pro para criar uma linha coesa de dispositivos que funcionam melhor em conjunto, da mesma forma que a Apple reforça o apelo de seu iPhone com acessórios como AirPods e Apple Watch que funcionam melhor com ele.
É o mais próximo que qualquer empresa na esfera do sistema Android chegou de emular a Apple até hoje, incluindo a Samsung, que vem tentando há anos.
“O Watch e o Pixel oferecem o melhor ecossistema multidispositivo semelhante ao da Apple com uma experiência pura de serviços do Google”, disse a analista do setor móvel Carolina Milanesi. “O Galaxy Watch da Samsung e dispositivos como o Fitbit Versa são bons, mas não têm o mesmo valor agregado de usar um telefone e um relógio Pixel.”
O Google, com sede em Mountain View, Califórnia, concluiu a aquisição da Fitbit em janeiro de 2021, e esse acordo impulsionou grande parte das funcionalidades mais valiosas de seu novo Pixel Watch. Ele replica quase toda a experiência de rastreamento de saúde do Fitbit — embora não possua sensor de temperatura e medições de oxigênio no sangue — e se beneficia de mais de 20 bilhões de noites de dados de análise de sono dos arquivos da Fitbit.
A Apple transformou seu relógio digital em um aparelho de saúde que funciona como uma ferramenta conveniente para pagamentos sem contato e possui uma exibição rápida de informações úteis.
O Google fez o mesmo: O Pixel Watch é um Fitbit em tudo, menos em nome e design — é mais bonito e tem um aspecto premium que nenhum dispositivo Fitbit teve até hoje — e se apoia no Google Pay e funcionalidades extras como Google Maps, clima, mensagens de voz e controles de música.