O ranking acompanha o custo de vida para quem tem mais de US$ 1 milhão no bolso (Leandro Fonseca/Exame)
Agência de notícias
Publicado em 21 de junho de 2023 às 19h33.
Cingapura, Londres, Dubai e São Paulo: pode até ser até algo difícil de imaginar, mas essas cidades têm algo em comum. Elas são os lugares mais caros para os milionários viverem. O ranking, que é feito pelo grupo suíço Julius Baer, mostra também que os ricaços paulistanos pagam mais do que em qualquer outro lugar no mundo por bolsas femininas de grife, uísque e relógios.
O ranking acompanha o custo de vida para quem tem mais de US$ 1 milhão no bolso — o equivalente a quase R$ 5 milhões. E mede a evolução dos preços dos itens mais presentes na cesta de consumo da elite.
Pela primeira vez, São Paulo entrou no top 10 de cidades mais caras para os milionários. E, entre as 25 cidades listadas no relatório, a capital paulista concentra o maior número de itens listados como os mais caros do mundo, em relação ao custo de vida local.
Dos 20 produtos pesquisados, os paulistanos pagam mais do que em outras capitais globais por sete deles.
Além de bolsas femininas, uísque e relógios, aparece como mais caro em São Paulo do que em qualquer outro lugar os seguintes itens: ternos masculinos, bicicletas, pacotes de serviços e produtos de tecnologia e esteiras ergométricas.
Em média, o custo dos produtos mais consumidos no topo da pirâmide avançou 18,4% em São Paulo - a maior alta entre as cidades pesquisadas. Chama a atenção a disparada nos preços das diárias dos hotéis paulistanos: alta de 34% nas bandeiras mais usadas pelos milionários.
Ásia, o centro para elite
O relatório concluiu que Ásia é o centro para a elite. Xangai, por exemplo, pode até ter perdido a liderança para Cingapura, mas o continente segue liderando. O pódio é formado apenas por cidades asiáticas.
Enquanto as Américas, com a estreia de São Paulo em nono lugar ocupam o segundo lugar em regiões com cidades mais caras, a Europa parece não seguir esse ritmo. Londres, que ocupava a segunda posição em 2022, hoje ocupa o 4º lugar, a única representante do continente.
O levantamento, feito entre fevereiro e março deste ano, considerou a população com patrimônio acima de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões). A análise apontou que diante de um cenário de inflação desenfreada e Guerra na Ucrânia as prioridades de consumo da elite refletem um contraste entre estabilidade financeira e busca por resiliência pessoal
Para se ter uma ideia, nos últimos 12 meses, em todas as regiões os ricos gastaram mais dinheiro com jantares refinados. A opção por uma refeição de luxo é destaque entre joias, jantares refinados, hotéis, vinhos, computadores pessoais, voos de classe executiva, seguro de saúde, smartphones e roupas femininas de grife. Outra unanimidade entre os continentes quando se trata de gastar dinheiro é a preferência por transportes pessoais — no caso carros — movidos a gasolina ou diesel.