Diretor do museu Afro Brasil rebate acusações de assédio
Acusações estariam ligadas à demissão da funcionária Renata Felinto, criticada por Araújo no programa Roda Viva da TV Cultura do dia 18 de dezembro
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de dezembro de 2017 às 12h24.
São Paulo - O criador e diretor do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo, 77, acusado por ex-funcionários da instituição de assédio sexual , rebateu nesta terça-feira, 26, as denúncias que circulam pelas redes sociais e disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" que já constituiu um advogado, Belisário Santos, para tratar da questão.
Segundo ele, essas acusações estariam ligadas à demissão da funcionária Renata Felinto, criticada por Araújo no programa Roda Viva da TV Cultura, exibido no dia 18 de dezembro.
O diretor, contudo, não quis comentar o caso particular da ex-funcionária, que teria movido uma ação trabalhista e recebido indenização do museu.
A primeira denúncia de assédio sexual partiu do produtor e massagista Felinto dos Santos, em depoimento publicado em seu perfil no Facebook, no dia 20 de dezembro.
"Isso é coisa do Brasil, onde você é injustamente acusado por demitir alguém", limitou-se a comentar Araújo.
Nesta terça, Felinto, que trabalhou cinco anos no Museu Afro Brasil, voltou a acusar o diretor, que teria, segundo ele, agarrado seu braço com força em certa ocasião.
Após a publicação da denúncia, um dos comentários, assinado por Newman Costa, acusou igualmente o diretor, afirmando que presenciou cenas de assédio sexual no museu, onde trabalhou, tendo conhecido Araújo em 2006.
Ele mesmo, garantiu o ex-funcionário em depoimento na rede social, foi vítima de assédio.
Emanoel Araújo criou o Museu Afro Brasil, instalado no Parque Ibirapuera, em 2004.
A instituição tem um acervo de mais de 5 mil obras, algumas delas doadas pelo próprio fundador do museu, que é também colecionador e escultor.