Fachada v3rso de Porto Alegre. (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Casual
Publicado em 29 de agosto de 2023 às 12h26.
Lençóis de algodão egípcio, personalização dos quartos e todas as comodidades que um hotel de luxo pode oferecer, mas, com diárias até 60% mais acessíveis. Este é intuito do v3rso, tech boutique hotel do Grupo Emiliano, que através da inteligência artificial disponibiliza diferentes personalizações para os hóspedes, com menos burocracias e por um preço mais acessível.
“Queremos apresentar um hotel que funcione pelo comportamento dos clientes”, diz Gustavo Filgueiras, CEO do v3rso e dos hotéis Emiliano. Com isso, a jornada do cliente começa antes mesmo da estadia, quando são enviadas sugestões para ampliar a estadia e experiência na cidade escolhida. “Por exemplo, podemos sugerir uma exposição de arte ou um bar para quem tem um perfil que gosta de vida noturna”, diz Filgueiras.
Porém, para além de proporcionar experiências, o intuito das recomendações é ampliar a estadia no hotel, que possui check-ins e valores flexíveis, como uma locadora de carros, por exemplo. “Assim como quem deseja alugar um carro das 11h às 16h, no v3rso a premissa é a mesma. Em hotéis, as pessoas preferem entrar logo cedo e sair mais tarde, mas no v3rso os valores variam de acordo com os horários de entrada e saída”, diz o CEO. Entrar às 19h e sair às 8h custará até 40% menos do que em horários convencionais, como das 15h às 12h.
Com as recomendações de passeios, o hotel prevê ampliar de duas a cinco horas a entrada dos hóspedes. Os valores flutuam de acordo com a ocupação do prédio. Ao automatizar a hospedagem, os custos caem até 70%, e consequentemente, as tarifas são menores.
Enquanto a diária no v3rso de São Paulo varia de R$ 650 a R$ 1200, a diária média no Emiliano passa de R$ 3.000.Mas, os serviços tecnológicos oferecidos aos hóspedes do v3rso são minimamente pensados, desde a temperatura do quarto, a intensidade de luminosidade ao longo do dia e noite, a seleção musical e escolhas por canais de televisão, escolhas para o frigobar, travesseiros, e revistas pré-selecionados, por exemplo, acontecem logo na chegada e ficam salvos para as próximas estadias, independente da localização. “Assim como os mordomos do Emiliano buscam por ‘informações’ para surpreender os hóspedes, a ferramenta do v3rso cria uma estadia customizada para cada hóspede”, explica Filgueiras, que vê a experiência de se hospedar no v3rso como “luxo invisível. Como o quarto se adapta ao seu jeito de ser. O futuro da hotelaria está na intersecção da tecnologia com a hospitalidade”.
Sem querer segmentar o público, o v3rso é direcionado aos hóspedes mais familiarizados com ferramentas tecnológicas, em sua maioria a geração millennial. Esse perfil representa um quarto da população mundial com grande poder aquisitivo e 50% dos viajantes globais em 2025 e vivencia seu trabalho como um reflexo de sua identidade, cria regras próprias e quer viver novas experiências.
Para além do eixo São Paulo-Rio de Janeiro, os serviços do Emiliano estarão presente em outras capitais como Porto Alegre e Brasília. “Brasília, por exemplo, é dominada por redes de hotéis antigas, com reformas com mais de 20 anos. Queremos que o v3rso seja um produto de luxo acessível”, diz.
Além dos hotéis, há também projetos residenciais nos mesmos prédios, e é claro, com os mesmos benefícios oferecidos aos hóspedes. Desde a decoração com o padrão do hotel, como as personalizações de luz e temperatura e benefícios no condomínio, como internet, serviço de manutenção da Porto Seguro, e entregas na porta de casa. O custo por estes serviços é, em média, 100 reais a mais no valor do condomínio. Os edifícios contam com restaurantes, cafés e até galerias de arte.
Atualmente o v3rso conta com três projetos, sendo dois já em fase de construção. O primeiro está em São Paulo, na Alameda Santos, com inauguração prevista para o final do ano que vem, e outro na Vila Madalena.
Já em Porto Alegre, a inauguração do v3rso será no início de 2025, e em Goiânia as vendas das unidades residenciais acontecem no próximo mês, com inauguração prevista para 2026. O valor do metro quadrado é 30% a mais do que o preço médio dos bairros.
A previsão para 15 anos é atingir mais de 100 operações no país, com investimentos simultâneos em uma mesma cidade. Dos 15 milhões de reais investidos em três anos, 65% foram voltados para a tecnologia. “Queremos quebrar espinha dorsal da hotelaria tradicional, mas sem deixar o luxo de lado”.