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CEO da Ferrari diz que modelo elétrico vai manter 'emoção' da marca

Ferrari produziu menos de 14 mil carros no ano passado e demanda continua forte

Montadora espera lançar modelo elétrico apenas no final de 2025

Montadora espera lançar modelo elétrico apenas no final de 2025

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 26 de junho de 2024 às 11h54.

O tão esperado modelo totalmente elétrico da Ferrari demorará mais de um ano para ser lançado, mas os primeiros testes indicam que ele tem todas as características  de uma "verdadeira Ferrari", de acordo com o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna.

“O juiz final será o cliente”, disse Vigna à CNBC durante a inauguração do novo E-Building, complexo industrial da empresa em Maranello, Itália. “Mais pessoas começaram a dirigir nossa Ferrari elétrica e têm uma boa sensação. As características principais estão lá.”

Vigna disse que a característica que define uma Ferrari é a "experiência emocional". Tendo ele mesmo dirigido a Ferrari totalmente elétrica, ele disse: “Tive esse tipo de emoção”.

O plano da Ferrari de construir um modelo elétrico marca uma aposta ousada e cara para uma montadora de luxo famosa por seus potentes motores. Pouco se sabe sobre o modelo elétrico, cujo lançamento só está previsto para o final de 2025. No entanto, a noção de um "cavalo empinado elétrico" já desencadeou um vigoroso debate na comunidade automobilística e entre colecionadores de carros ricos.

Vigna disse que a acústica potente da Ferrari sempre será “autêntica”, o que significa que a empresa não tentará recriar o som de um motor de combustão por meio de programas falsos de áudio. Ele deu a entender, no entanto, que poderia amplificar ou mostrar melhor o som natural de um motor elétrico.

“O motor elétrico não é silencioso”, disse ele. “Existe uma maneira de deixá-lo funcionar de uma forma única.”

“Quando você fala sobre a experiência da Ferrari, as características de direção de um carro, você está falando sobre ter uma emoção única quando está no carro”, falou o executivo.

Com o novo E-Building, que se estende por mais de 42 mil metros quadrados e custou mais de 200 milhões de euros (US$ 215 milhões) para ser construído, a Ferrari poderá pela primeira vez produzir carros com qualquer um dos três motores na mesma fábrica, o que maximiza eficiência e flexibilidade.

O CEO disse que embora espere que alguns clientes nunca comprem uma Ferrari elétrica, outros farão a troca e alguns motoristas só “se tornarão parte da família Ferrari” se puderem comprar elétricos.

Com o novo E-Building, a empresa também estaria mais bem equipada para atender à demanda do mercado.

A Ferrari produziu menos de 14 mil carros no ano passado e a demanda continua tão forte que o tempo de espera para alguns modelos chega a três anos.

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