Cantoras dominam o cenário musical em 2011
As inglesas PJ Harvey e Adele e a americana Lana del Rey encerram o ano com elogios da crítica e sucesso nas vendas
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 15h02.
Paris - Os fãs de música talvez se lembrem de 2011 principalmente como o ano em que Amy Winehouse morreu, mas os últimos 12 meses viram outras cantoras dominarem o cenário internacional com ótimas canções.
A veterana inglesa PJ Harvey, a também britânica Adele e a novata americana Lana del Rey produziram músicas ou álbuns aclamados pela crítica.
O trabalho mais notável foi o álbum "Let England Shake", de PJ Harvey, que representou a trilha sonora para um ano em que a Grã-Bretanha foi cenário dos protestos mais violentos em décadas.
De acordo com o site Metacritic.com, que monitora críticas de 80 publicações em língua inglesas, o oitavo álbum de estúdio de Harvey foi o melhor do ano.
A cantora, uma das vozes mais importantes e distintas do indie rock, levou três anos para pesquisar e gravar "Let England Shake."
Repleto de referências políticas, sentimentos contrários à guerra e influenciado por conversas que a artista teve com mulheres afegãs e outras fontes, o álbum deu aos críticos muito o que falar - especialmente na Inglaterra - e rendeu a PJ Harvey o Mercury Prize de melhor álbum britânico.
"A Inglaterra de fato sacudiu este ano com o som das revoltas, protestos e guerras distantes", escreveu o jornal The Guardian.
"Não espanta, então, que o álbum cru, mas meticulosamente pesquisado e gravado, de PJ Harvey tenha atingido o nervo".
Os críticos não pouparam elogios, apesar do site Pitchfork.com - muito influente no mundo da música alternativa e independente - ter classificado "Let England Shake" como o quarto melhor do ano. O primeiro lugar ficou com o grupo folk americano Bon Iver.
No caso de Adele, a cantora soul de 23 anos de Londres, seu segundo álbum, "21", virou um fenômeno de crítica e público.
Revistas como Billboard, Rolling Stone e Time escolheram "21", que já vendeu mais de 12 milhões de cópias, como álbum do ano.
O sucesso foi tamanho que Adele se viu obrigada a cancelar vários shows no fim do ano, depois de sofrer uma hemorragia nas cordas vocais e ser submetida a uma cirurgia para aliviar os problemas. Mas ela garantiu que pretende voltar aos palcos em 2012.
O ano termina com outro fenômeno, o da novata americana Lana del Rey.
O primeiro álbum da artista revelação, "Born to Die", será lançado apenas em janeiro, mas o primeiro single de sua carreira "Video Games" explodiu há alguns meses, com milhares de comentários na web e um vídeo muito assistido no YouTube, que já foi remixado e parodiado diversas vezes.
O 'hype' foi tamanho que o single foi escolhido a música do ano pela revista NME, pelo jornal The Guardian e por outras publicações.
Na Inglaterra, um dos álbuns mais vendidos do ano foi "Back to Black", de Amy Winehouse. O segundo e último álbum da 'diva trash do soul' foi lançado em 2006, mas registrou um novo boom de vendas após a morte da cantora em 23 de julho, vítima de uma superdosagem de álcool.
Paris - Os fãs de música talvez se lembrem de 2011 principalmente como o ano em que Amy Winehouse morreu, mas os últimos 12 meses viram outras cantoras dominarem o cenário internacional com ótimas canções.
A veterana inglesa PJ Harvey, a também britânica Adele e a novata americana Lana del Rey produziram músicas ou álbuns aclamados pela crítica.
O trabalho mais notável foi o álbum "Let England Shake", de PJ Harvey, que representou a trilha sonora para um ano em que a Grã-Bretanha foi cenário dos protestos mais violentos em décadas.
De acordo com o site Metacritic.com, que monitora críticas de 80 publicações em língua inglesas, o oitavo álbum de estúdio de Harvey foi o melhor do ano.
A cantora, uma das vozes mais importantes e distintas do indie rock, levou três anos para pesquisar e gravar "Let England Shake."
Repleto de referências políticas, sentimentos contrários à guerra e influenciado por conversas que a artista teve com mulheres afegãs e outras fontes, o álbum deu aos críticos muito o que falar - especialmente na Inglaterra - e rendeu a PJ Harvey o Mercury Prize de melhor álbum britânico.
"A Inglaterra de fato sacudiu este ano com o som das revoltas, protestos e guerras distantes", escreveu o jornal The Guardian.
"Não espanta, então, que o álbum cru, mas meticulosamente pesquisado e gravado, de PJ Harvey tenha atingido o nervo".
Os críticos não pouparam elogios, apesar do site Pitchfork.com - muito influente no mundo da música alternativa e independente - ter classificado "Let England Shake" como o quarto melhor do ano. O primeiro lugar ficou com o grupo folk americano Bon Iver.
No caso de Adele, a cantora soul de 23 anos de Londres, seu segundo álbum, "21", virou um fenômeno de crítica e público.
Revistas como Billboard, Rolling Stone e Time escolheram "21", que já vendeu mais de 12 milhões de cópias, como álbum do ano.
O sucesso foi tamanho que Adele se viu obrigada a cancelar vários shows no fim do ano, depois de sofrer uma hemorragia nas cordas vocais e ser submetida a uma cirurgia para aliviar os problemas. Mas ela garantiu que pretende voltar aos palcos em 2012.
O ano termina com outro fenômeno, o da novata americana Lana del Rey.
O primeiro álbum da artista revelação, "Born to Die", será lançado apenas em janeiro, mas o primeiro single de sua carreira "Video Games" explodiu há alguns meses, com milhares de comentários na web e um vídeo muito assistido no YouTube, que já foi remixado e parodiado diversas vezes.
O 'hype' foi tamanho que o single foi escolhido a música do ano pela revista NME, pelo jornal The Guardian e por outras publicações.
Na Inglaterra, um dos álbuns mais vendidos do ano foi "Back to Black", de Amy Winehouse. O segundo e último álbum da 'diva trash do soul' foi lançado em 2006, mas registrou um novo boom de vendas após a morte da cantora em 23 de julho, vítima de uma superdosagem de álcool.