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Bolsa microscópica da Louis Vuitton será vendida em leilão; peça é menor que um grão de sal

Mais do que um item de moda, a peça é uma crítica à funcionalidade das bolsas de luxo atualmente. Conheça outras peças criadas pelo coletivo MSCHF

Bolsa microscópica criada pelo coletivo MSCHF (MSCHF/Reprodução)

Bolsa microscópica criada pelo coletivo MSCHF (MSCHF/Reprodução)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 15 de junho de 2023 às 14h25.

Última atualização em 15 de junho de 2023 às 14h32.

Menor que um grão de sal. Este é o tamanho da bolsa OnTheGo da Louis Vuitton, criada pelo coletivo MSCHF. A peça, com 657 por 222 por 700 micrômetros, é feita de resina e estreita o bastante para passar pelo buraco de uma agulha.

Com a ajuda de um microscópio, é possível ver o monograma da Louis Vuitton. Mais do que um item de moda, a peça é uma crítica à funcionalidade das bolsas de luxo atualmente. “À medida que um objeto que já foi funcional como uma bolsa se torna cada vez menor, seu status de objeto se torna cada vez mais abstrato até que seja puramente um significante da marca. As pequenas bolsas de couro anteriores ainda exigiam uma mão para carregá-las — elas se tornam disfuncionais, inconvenientes para quem as usa”, disse a MSCHF em um comunicado.

Ainda que seja difícil de expor a bolsa, a peça será exibida pela primeira vez em uma caixa de gel lacrada e pré-montada sob um microscópio na galeria 8 Avenue Matignon em Paris, de 20 a 24 de junho.

De 19 a 27 de junho a peça estará em leilão na casa Joopiter, fundada por Pharrell Williams, atual diretor criativo da Louis Vuitton.

Ainda que o lance inicial seja desconhecido, o burburinho por trás da peça poderá elevar o preço e status, tornando-a valiosa.

A peça será exibida sob um microscópio em galeria em Paris. (MSCHF/Reprodução)

Outras peças polêmicas da MSCHF

Parece um ‘tiro no pé’ desconstruir uma bolsa Hermès para transformá-la em um chinelo. Mas isso aconteceu após o coletivo artístico MSCHF lançar, em 2021, uma versão da clássica sandália Birkenstock, feita com o couro da clássica (e caríssima) bolsa Birkin, da Hermès.

“A sandália mais exclusiva de todos os tempos” disse o coletivo ao The New York Times. Assim como a sandália original, com solado de cortiça e borracha, a versão do MSCHF tem o diferencial das tiras de couro e no preço: feita de bolsas Birkin custando de US$ 19,5 mil a US$ 76 mil. 

No mesmo ano, o coletivo lançou o “sapato de Jesus”: um tênis da Nike com os amortecedores cheios de água benta do Rio Jordão.

Os sapatos numerados custavam US$ 1.018 e continham uma gota de sangue humano (dos artistas do coletivo) misturado à tinta vermelha no amortecimento do tênis, além de um pentagrama em bronze na língua.

As 666 unidades do tênis Nike Air Max 97s reestilizados esgotaram rapidamente no mercado, e o coletivo sofreu processo pelo gigante de moda e calçados esportivos.

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