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Setembro Amarelo: precisamos falar sobre a prevenção do suicídio

Em artigo, o psiquiatra Dr. Sérgio Rocha, cofundador da Clínica Revitalis, dá dicas de como falar sobre o assunto e mostra como sua clínica mantém a conversa ativa

 (max-kegfire/Thinkstock)

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Publicado em 28 de setembro de 2023 às 14h06.

Última atualização em 28 de setembro de 2023 às 14h11.

Por Dr. Sérgio Rocha*

A cada 40 segundos, uma pessoa em algum lugar do mundo tira a própria vida, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O suicídio é um comportamento extremo, mas que pode ser ignorado. E esta é uma realidade que afeta diversas vidas, independente de raça, gênero, classe ou idade. Como especialista na Clínica Revitalis, afirmo que é nossa responsabilidade, enquanto instituição que cuida da saúde mental das pessoas, apoiar, divulgar e fortalecer causas como a do Setembro Amarelo.

Entendemos que não é suficiente apenas divulgar informações importantes ou apoiar este movimento, mas também fazer parte dessa causa, pois somos liderança neste assunto. É por isso que estamos lançando um e-book sobre o tema, um Guia de Acolhimento para Amigos e Familiares vítimas de suicídio. Queremos contribuir diretamente com essa causa que ajuda a salvar vidas, promove a conscientização, reduz o estigma e oferece apoio, não só aos que sofrem de depressão e outros transtornos, mas também aos familiares e amigos que são diretamente afetados.

Além do lançamento do Guia, este artigo propõe uma rápida conversa sobre a importância de falar sobre a valorização da vida sem estigmatizar ou tratar o assunto como tabu.

Neste sentido, o primeiro passo importante é entender que o ato de tirar a própria vida não é uma escolha simples, mas sim uma manifestação de um profundo sofrimento existencial causado por uma série de outros fatores emocionais. E é preciso entender essa complexidade mental para abordar o tema com empatia e acolhimento.

A partir desse ponto, e partindo dessa premissa, podemos pensar em uma comunicação sensível e compassiva ao abordar o suicídio. Devemos aprender a conversar sobre o assunto, por mais delicado que seja, para que possamos abrir portas para o entendimento através de grupos de apoio junto da família, dos amigos ou até no ambiente de trabalho e outras esferas sociais.

Buscar ajuda profissional é essencial para a prevenção e para o tratamento de qualquer fator que possa afetar a saúde mental. No caso do pensamento suicida, isso é ainda mais urgente e não deve ser renegado ao segundo plano. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando essas questões, busque ajuda! Não há nada de errado em pedir socorro.

Por fim, gostaria de falar sobre o luto. Buscar preservar a memória da pessoa que cometeu suicídio, apesar de doloroso, é algo importante. Ao invés de deixar o ato final definir a trajetória das pessoas que amamos, devemos relembrar suas qualidades, sonhos, gostos e afetos. A conscientização da sociedade e ações que incentivam iniciativas e recursos para apoiar àqueles que precisam, devem ser pensadas sempre com respeito e amor.

Esse é um dos legados da Revitalis. Por meio da nossa própria história, hoje conseguimos impactar e ajudar muitas vidas!

*Dr. Sérgio Rocha é  médico psiquiatra e um dos cofundador da Clínica Revitalis

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