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Senadores inovam e deixam plenário em depoimentos pró-tratamento precoce

Reduziram a exposição pública dos trabalhos de hoje, mas, claro, haverá custo político

Diversos personagens passaram de testemunhas a investigados (Edilson Rodrigues/Agência Senado)
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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2021 às 18h45.

Última atualização em 18 de junho de 2021 às 18h55.

Por Alon Feuerwerker*

Hoje a CPI no Senado da Covid-19 realmente inovou. No dia dos depoimentos de dois médicos favoráveis ao chamado tratamento precoce da doença causada pelo novo coronavírus, o relator e o restante da bancada de oposição saíram da sessão, para não ter de fazer perguntas aos dois depoentes.

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Com isso, reduziram drasticamente a exposição pública dos trabalhos da CPI neste dia, que seria naturalmente desfavorável ao oposicionismo.

Também naturalmente, haverá um custo político. Aliás, é só o que resta de dúvida na CPI. Qual será o custo político para cada lado.

Pois não há dúvidas sobre o teor do relatório final, visto que a comissão está blocada desde o início num 7 a 4 contra o governo. E vai ser uma grande surpresa se o presidente da República não aparecer no texto, pois daí a CPI terá servido para pouca coisa, só para pescar os peixes pequenos e ex-peixes.

Terá sido muito barulho por nada. É improvável.

Vamos ver quais serão as descobertas na nova fase aberta hoje com a passagem de diversos personagens de testemunhas a investigados. A CPI chegará ao pote de ouro no final do arco-íris? Encontrará a bala de prata? Ou terminará restrita à construção de narrativas eleitoralmente úteis?

Entrementes, Jair Bolsonaro foi ao Pará. Faz como Luiz Inácio Lula da Silva em 2005/06, quando acossado pela crise desencadeada pelas acusações de Roberto Jefferson. Evita permanecer o tempo todo numa Brasília intoxicada pela guerra política.

O tira-teima? Por enquanto está marcado para 2022. Para antecipar o calendário, só a tal bala de prata e a rua. E as pesquisas. Por enquanto, como mostrou a votação da Eletrobras no Senado, o jogo continua equilibrado.

*Alon Feuerwerkeré analista político da FSB Comunicação

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