Sucesso depende de superar desafios na fase de construção (Amazon Prime Video/Divulgação/Divulgação)
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Publicado em 7 de junho de 2023 às 12h00.
Por Jonata Micael*
A web3 está transformando uma série de atividades, em diferentes intensidades, cada qual seguindo um ritmo próprio. No caso do marketing digital, as mudanças aconteceram muito cedo, muito rápido. Não é mais possível pensar em campanhas eficientes sem considerar a importância dos eventos virtuais, realizados nas redes sociais descentralizadas.
O novo cenário estimula o surgimento de ações inovadoras, utilizando ferramentas que, poucos anos atrás, ainda não pertenciam ao domínio do público mais amplo. Agora, utilizar campanhas baseadas em NFT e programas de fidelidade na Blockchain é crucial para alcançar sucesso com os consumidores que se apoiam na conectividade – ou seja, a maioria.
Quando se trata de formar comunidades de jogos baseados em NFT e Blockchain, então, os desafios são muito específicos. Sem superá-los ainda na fase de construção dos grupos, sua própria existência pode se ver comprometida no médio e no longo prazo. Confira agora, então, seis erros muito comuns, que podem ser evitados desde o estágio de formação das comunidades.
Este é um problema muito comum em comunidades de jogos: desde o primeiro minuto em que passam a fazer parte de um novo grupo, os usuários precisam confiar na gestão de todos os aspectos da rotina, incluindo a comunicação transparente e a existência de regras claras e devidamente compartilhadas entre todos os participantes. Não é aceitável, nem produtivo, permitir que os participantes tenham a sensação de que nem todos são tratados da mesma forma.
A pesquisa Game Brasil 2022 aponta que o gamers brasileiros refletem razoavelmente a composição do país: 51% são mulheres, 62,7% pertencem à classe média e 24,1% estão na casa dos 30 anos de idade. Sem montar uma equipe que leve em consideração toda a diversidade do país, não é possível desenvolver uma comunidade que atraia a todos os públicos, com aderência na comunicação e respeito às diferenças.
Pense numa festa, ou num encontro social: diferentes grupos se formam, cada um com sua rotina de interação. Alguns permanecem mais tempo, outros menos; alguns chegam mais cedo, outros mais tarde. No caso de uma comunidade de jogos baseados em NFT e Blockchain, este processo também acontece. É normal, mas precisa ser gerenciado com atualizações regulares, interação constante com usuários e canais de comunicação variados e bem estabelecidos.
Erros de segurança podem comprometer todo o trabalho, porque abalam a confiança dos participantes no longo prazo – eles podem simplesmente se afastar sem aviso, mesmo que o dano seja corrigido posteriormente. A atenção aos dados sensíveis de cada usuário deve se tornar um dos temais mais sensíveis, não só neste contexto, mas em todas as muitas manifestações da conectividade.
A lentidão no processo de transação reduz de forma significativa a qualidade da experiência dos participantes – mais um motivo para eles procurarem alternativas. Muitas vezes, ela está relacionada a dificuldades técnicas, que, no mundo ideal, precisam ser previstas e prevenidas com antecedência. Ainda assim, é inevitável que problemas aconteçam, e eles não podem ser negligenciados.
Com base em meus quase cinco anos de experiência focados no desenvolvimento e crescimento de comunidades fortes, descentralizadas e colaborativas nas áreas de web3, gaming e social, posso afirmar com segurança: se as regras não são objetivas e bem comunicadas, os conflitos, que sempre vão existir, acabam sendo mal gerenciados.
*Jonata Micael é diretor de Marketing na Snackclub
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