O preço mínimo para a concessão de saneamento de água e esgoto da região metropolitana de Maceió (AL) era de R$ 15 milhões. O valor pago pela empresa que venceu a disputa esta semana foi de R$ 2.000.000.000,00. Isso mesmo, dois bilhões de reais. Ágio de 13.180%.

Outros R$ 2,6 bilhões devem ser investidos na região nos próximos 35 anos. É um ganho fabuloso para o Estado, incluindo governo e população.

É o primeiro efeito do novo marco regulatório do saneamento. E é só o começo.

Alô, Cedae! A geosmina pode estar com os dias contados. A oportunidade de mudar o setor está passando na frente dos gestores públicos, toda encilhada e paramentada. É hora de deixar os entrementes e ir para os finalmentes, com licença dos mestres Dias Gomes e Paulo Gracindo.

O Brasil real está aí, muito além dos conflitos e frases que não param de pé sobre a corda bamba da política. Jogar saliva para lá e pra cá em tempo de pandemia só aumenta o risco de contaminação.

O trabalho real pode ser ampliado para outros setores. Petróleo e gás tem leis para serem atualizadas e terão efeitos benéficos. A forma de se licitar no país é antiga e pouco inteligente. Há muito a se fazer. Para sair da crise, é preciso ser simples, buscar união e não desperdiçar esforço em áreas improdutivas.

Disputas políticas geram pouca luz e não melhoram a vida do povo. No final, só produzem m… que não pode ser privatizada, não gera emprego e não terá interessados em comprar.

*Analista político da FSB Comunicação

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