Bússola ESG: 3 perguntas de ESG para Valmir de Souza, da Greenplac
Em artigo, Valmir de Souza responde perguntas sobre sustentabilidade em um negócio baseado na produção de MDF
Sócio-diretor da Loures Consultoria - Colunista Bússola
Publicado em 17 de agosto de 2023 às 16h30.
Última atualização em 6 de novembro de 2023 às 17h39.
1. Nestes cinco anos da empresa, o que já foi feito para tornar a produção do MDF mais sustentável?
A Greenplac iniciou as atividades em 2018, considerando, desde o marco zero das suas operações, um processo produtivo responsável. Já no projeto da planta industrial foi inserida uma lagoa de tratamento de efluentes e previsto também o reuso da água, a coleta seletiva e a geração de energia para aquecimento térmico a partir da biomassa da casca do eucalipto. A matéria-prima principal, o eucalipto, é proveniente dos 18 mil hectares de florestas próprias de reflorestamento .
Entendemos que, para ter uma marca cada vez mais sustentável, é preciso contar com uma força maior, ou seja, envolver outros departamentos além da produção e, desta forma, engajar todos direta e indiretamente. Com essa visão, desde 2021 a Greenplac impulsiona o Design Circular, que permite um novo significado a pequenos filetes de MDF, que passam a ser usado na criação de quadros artísticos artesanais. Nas mãos do artista Eunápio Sturaro, cada sobra de MDF permaneceu ambientalmente responsável em todos os seus estágios – desde os métodos e insumos escolhidos na fabricação dos padrões, até as possibilidades de reciclagem no pós-uso, que se tornou uma peça de arte em madeira 3D.
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2. Quais investimentos estão previstos para os próximos anos?
No complexo industrial da Greenplac e nas diferentes frentes de operações, de 2016 até 2022, foram investidos com recursos próprios mais de R$ 1 bilhão. E, mesmo em um cenário atual de incertezas em nível mundial, a empresa permanece investindo. Neste ano de 2023 o aporte é de mais 70 milhões de reais em florestas, ampliações, certificações, novas tecnologias, equipamentos e aumento da capacidade na produção de MDF revestido. Consideramos que 2023 e 2024 serão anos mais disputados para nosso segmento e o mercado está cada vez mais exigente. Neste cenário, manteremos a política de investimento focada em desenvolvimento de novos produtos de valor agregado,florestase novas tecnologias que nos permitam aproveitar de forma estratégica as oportunidades do setor moveleiro.
3. A empresa avalia o desenvolvimento de resinas naturais para substituir as sintéticas?
Acompanhamos há alguns anos estudos sobre resinas naturais. Entendemos que o futuro precisa ser cada vez mais sustentável e cogitamos o uso dessas resinas quando houver tecnologia que garanta a manutenção da alta qualidade dos nossos produtos.
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