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Renato Cirne: E você, o que tem feito para combater a corrupção?
Mudanças só serão eficazes se começarem nos pequenos gestos cotidianos, e cada um tem que exercer seu papel
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Luta contra a corrupção coíbe mecanismos que aprofundam desigualdades (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)
Publicado em 12 de dezembro de 2022 às, 16h00.
Última atualização em 13 de dezembro de 2022 às, 16h24.
Na última sexta-feira, 9, relembramos a assinatura em Mérida, no México, da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, 19 anos atrás. Com a adesão de mais de uma centena de países, foi ali instituído o Dia Internacional do Combate à Corrupção, que definiu compromissos e um propósito de fortalecer a cooperação internacional para ampliar a prevenção e o combate a esse mal, cujos efeitos danosos afetam igualmente instituições públicas e privadas.
Devemos também relembrar que a Assembleia Geral da ONU, em 2015, definiu como um dos seus objetivos de desenvolvimento sustentável para a Agenda 2030 Paz, Justiça e Instituições Eficazes, propondo, entre outras coisas, reduzir substancialmente a corrupção e o suborno em todas as suas formas
Também devemos nos lembrar de que o Brasil estagnou na 96ª colocação no Índice de Percepção da Corrupção, elaborado pela Transparência Internacional, um dos principais indicadores de corrupção do mundo, que ranqueia mais de 180 países, atribuindo-lhes notas entre 0 e 100. Quanto maior a nota, maior é a percepção de integridade do país.
Mas o objetivo deste texto não é meramente relembrar eventos históricos ou metas, ainda que de tamanha relevância. Em um paralelo interessante, na COP27, realizada no Egito em novembro, o debate esteve sempre focado em buscar ações contundentes, de alto impacto e aplicação imediata, e, principalmente com velocidade de implementação no combate à emergência climática. Igualmente, dessa mesma forma devemos refletir sobre ações efetivas e mecanismos de transparência e combate à corrupção.
A luta contra a corrupção tem objetivos profundos, que representam um esforço da sociedade para coibir mecanismos que aprofundam as desigualdades e reforçam os privilégios. É uma luta de todos. Uma luta diária, que deve ser exercida primeiro nas pequenas ações. Por isso, pergunto: nas suas ações diárias, o que você tem feito em prol do combate à corrupção?
Uma paródia recente do comediante Marcelo Adnet relata em poucos versos que ainda hoje aceitamos na sociedade brasileira ações como beber e acessar o Twitter da lei seca, cortar pelo acostamento, fechar o cruzamento, pegar a vaga de idoso no estacionamento, retornar na contramão, comprar produtos piratas, instalar um “gato” na TV, entre tantas outras.
Pois bem: somente mudanças eficazes, que começam, sim, em nossas ações diárias – como mudar os hábitos constrangedores descritos acima – vão ser capazes de mudar de fato nossa cultura e, quem sabe, até melhorar nossa posição no índice de percepção de corrupção.
Então vale a mais uma vez a pergunta, porque hábitos se mudam por repetição: o que você tem feito no seu dia a dia para combater a corrupção? Ou você já cortou hoje novamente e achou que tudo bem?
*Renato Cirne é compliance officer da FSB Comunicação e sócio do escritório Franco de Menezes Advogados
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