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Pandemia gera retrato dramático e aprofunda abismo na educação

A distância entre escolas particulares e públicas se agrava e uma leva inteira de crianças e jovens ficará para trás, restando apenas os "exemplos de superação"

Maioria das escolas não estava preparada para a mudança (Newton Menezes/FuturaPress)

Maioria das escolas não estava preparada para a mudança (Newton Menezes/FuturaPress)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2021 às 15h14.

Última atualização em 28 de abril de 2021 às 15h18.

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo traz um retrato dramático do retrocesso sofrido pelos estudantes por causa da interrupção das atividades escolares, decidida pelos governantes na epidemia de covid-19. E além da natural desvantagem das aulas remotas em relação às presenciais há o fato de que talvez a maioria das escolas não estivesse preparada para a mudança.

E tem também a distância crescente entre os estudantes das escolas particulares e das públicas. O que sempre foi um problema grave no Brasil tende a se agravar muito mais, condenando uma leva inteira de crianças e jovens a ficar para trás. Mas certamente haverá exceções que, com justiça, brilharão na imprensa como "exemplos de superação". 

Aos demais estará reservado o papel de colaborar para as más estatísticas. O que sempre dá ibope. Aliás, o número de estatísticas produzidas no Brasil sobre a educação é inversamente proporcional à qualidade da mesma. Todo ano, às vezes mais de uma vez por ano, somos informados do problema. Aí reúnem-se os especialistas de sempre para os lamentos de sempre.

*Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação

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