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ESG: Impacto social é aliado da preservação

População local tem protagonismo em projetos que protegem Amazônia e Cerrado

Qualidade de vida da população local é fator importante na hora de pensar sobre conservação ambiental (Thirata/Thinkstock)

Qualidade de vida da população local é fator importante na hora de pensar sobre conservação ambiental (Thirata/Thinkstock)

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Publicado em 10 de setembro de 2021 às 14h09.

Nesta matéria da série Bússola Amazônia e Cerrado, sobre iniciativas empresariais para preservar e recuperar esses biomas, destacamos ações de impacto social. Para saber mais, leia a abertura da série, com panorama geral e ações voltadas à gestão da cadeia de valor e a reportagem sobre ações com foco ambiental.

A preservação da Amazônia e do Cerrado não passa apenas pela conservação ambiental, mas também pela assistência e melhoria da qualidade de vida da população que vive na região. São essas pessoas que têm profundo conhecimento das características e recursos naturais dos biomas e podem contribuir efetivamente para os seus desenvolvimentos, por meio da agricultura familiar, produção local, pesca e fornecimento de recursos de qualidade e com sustentabilidade.

O Fundo JBS pela Amazônia, por exemplo, apoia iniciativas pelo desenvolvimento socioeconômico das comunidades da região, com foco em incentivar e impulsionar programas de bioeconomia, fomentar ações que gerem inclusão social e aumento de renda às comunidades locais e desenvolver a educação e a saúde local. Um desses projetos apoiados e financiados pelo fundo é o RestaurAmazônia, que está incentivando 1.500 famílias de pequenos agricultores, promovendo aumento de renda nas cadeias de cacau e pecuária, restauração da floresta e redução de emissões de carbono.

A Energisa está focada em contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações que vivem nos biomas. Por meio do projeto Vila Restauração, a empresa levará luz para cerca de 200 famílias na Amazônia, que passarão a ter energia de qualidade 24 horas por dia. A população residente no Pantanal também terá energia elétrica por fonte renovável. Por meio do projeto Ilumina Pantanal, o Grupo Energisa beneficiará mais de 2,1 mil unidades consumidoras até 2022, o que representa em torno de 5 mil habitantes, espalhados por uma área de 90 mil km².

“Por meio desses projetos nos dois importantes biomas brasileiros, nos quais somos a principal distribuidora, levamos energia limpa e renovável para moradores de regiões remotas. Queremos universalizar o acesso à energia, com inovação e sustentabilidade. A ideia é contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população participando de iniciativas que promovam o crescimento econômico, social e sustentável das pessoas”, afirma Isabel Vasconcellos, gerente de Sustentabilidade da Energisa.

Na região do Cerrado, foi construído o primeiro bloco da sede própria da Apae de Formosa do Rio Preto, com apoio da Delfin Rio. Esse projeto oferecerá a 86 famílias cadastradas na instituição melhores condições de atendimento médico, apoio psicológico e assistência social, além de área de lazer, favorecendo a inclusão social na cidade.

Beneficiadas também são as costureiras de Itapiranga e Silves, no interior do Amazonas, que estão realizando o sonho de empreender com o apoio da Eneva. A empresa, que vai operar no estado fazendo extração de gás natural para produção de energia, desenvolve nas duas cidades o projeto Elas Empreendedoras, que desenvolve ações de capacitação, consultoria, workshops e mentorias para um grupo de 25 mulheres. De acordo com o Sebrae, existem atualmente no Amazonas 160.495 mulheres empreendedoras.

E os projetos de desenvolvimento das populações que vivem na Amazônia e no Cerrado estão cada vez mais próximos do consumidor final, que hoje já pode comprar alimentos produzidos de maneira sustentável, ajudando também os pequenos produtores. O Pão de Açúcar, desde 2001, conta com um programa de incentivo socioeconômico que se chama Caras Brasil. O objetivo é incentivar e levar até o consumidor produtos regionais sustentáveis distribuídos por pequenos produtores de todo o Brasil, que representam a diversidade cultural e ambiental do país.

O terceiro setor também apoia as iniciativas pela sustentabilidade do setor privado. Um exemplo é a ONG de conservação ambiental The Nature Conservancy (TNC). A instituição, que atua em escala global, é responsável pela implementação do projeto Acelerador de Agroflorestas e Restauração, da Amazon, que visa utilizar o mercado de crédito de carbono para impulsionar a implementação de sistemas agroflorestais e a restauração ecológica na Amazônia. Além disso, em parceria com a Syngenta, desenvolve o Projeto Reverte para apoiar a conversão de pastagens degradadas em áreas produtivas no Cerrado, baseado nos princípios da pecuária e agricultura regenerativas.

“Nós acreditamos que a conservação destes importantes biomas brasileiros é um trabalho que requer a união de todos os setores, seja privado, público ou o terceiro setor. Se todos trabalharmos juntos e em parceria, o resultado para as pessoas e para o planeta será mais efetivo e mais rápido”, declara Ian Thompson, diretor executivo da TNC Brasil.

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