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ESG: Empresas promovem preservação e recuperação ambiental

Projetos beneficiam biomas da Amazônia e Cerrado as associar preservação e geração de valor econômico

Amazônia e Cerrado prestam serviços ecossistêmicos valiosos para produção agrícola, como o controle do regime de chuvas (Secom-MT/Divulgação)

Amazônia e Cerrado prestam serviços ecossistêmicos valiosos para produção agrícola, como o controle do regime de chuvas (Secom-MT/Divulgação)

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Publicado em 9 de setembro de 2021 às 21h03.

Nesta reportagem da série Bússola Amazônia e Cerrado, sobre iniciativas empresariais para preservar e recuperar esses biomas, destacamos ações que endereçam alguns dos principais desafios ambientais da agenda. Flora, fauna, serviços ecossistêmicos e mitigação de impactos estão entre os temas destacados pela reportagem.

A Norte Energia compreendeu a necessidade de contribuir para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e investiu na preservação da fauna do Rio Xingu, com a construção e operação das Usinas Hidrelétricas Belo Monte e Pimental. Implantado na UHE Pimental, o Sistema de Transposição de Peixes possibilita a continuidade da migração de espécies ao longo do Rio Xingu, por meio de correntezas que atraem os animais para que ultrapassem a barragem.

A empresa busca ainda promover a conservação e o manejo da fauna e desenvolveu um sistema de radiotelemetria via satélite para rastreamento e análise dos deslocamentos migratórios de répteis.

“A Norte Energia se comprometeu com o desafio das mudanças climáticas e continuará atuando em ações e projetos que visam garantir a manutenção da biodiversidade no Médio Xingu, região da qual também fazemos parte”, afirma Bruno Bahiana, gerente de Monitoramento Socioambiental da Norte Energia.

Em outro exemplo que alia preservação com valorização da população local, Eneva e Embrapa atuam em favor do reflorestamento de uma área de aproximadamente oito hectares, o equivalente a oito campos de futebol, nos municípios de Silves e Itapiranga, interior do Amazonas. O Projeto Socioambiental capacita agricultores familiares de pelo menos 15 comunidades dos dois municípios, com novas tecnologias e sistemas de plantio para produções e culturas de, por exemplo, mandioca ou abelhas sem ferrão.

Os técnicos da Embrapa visitam as áreas de produção das comunidades com o objetivo de conhecer, analisar e aprovar os trechos que serão destinados ao manejo florestal. Além disso, ajudam a identificar as espécies de mudas mais apropriadas para o reflorestamento, respeitando as culturas já existentes, e passam informações e dicas para o desenvolvimento sustentável da produção.

Os biomas Amazônia e Cerrado prestam serviços ecossistêmicos valiosos para produção agrícola, como o controle do regime de chuvas. Assim, sua preservação é essencial para garantir o fornecimento de alimentos à população. É por isso que a Abiove — Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais — oferece assistência técnica agrícola gratuita por meio do seu programa Soja Plus. Esse é o maior programa privado dessa natureza do país. Com investimento de R$ 35 milhões, já foi possível capacitar mais de oito mil produtores rurais, em 3,2 mil propriedades, responsáveis pela produção de aproximadamente 13 milhões de toneladas de soja por ano.

O sucesso do programa foi tanto, que hoje ele ganhou escala e tem a possibilidade de expandir sua atuação para outras atividades agropecuárias além da soja, passando a se chamar Agro Plus.

“Há dez anos desenvolvemos esse projeto e já conseguimos evoluir sobremaneira nos indicadores sociais, ambientais e econômicos da agricultura brasileira. Vamos dar sequência à nossa missão de contribuir para a melhoria contínua da atividade agrícola, olhando sempre para a conservação dos biomas brasileiros”, diz Bernardo Pires, gerente de Sustentabilidade da Abiove.

O Oeste da Bahia também abriga uma enorme área de Cerrado com significativa participação na agricultura. Olhando para essa região, a Delfin Rio desenvolve um projeto, há mais de 20 anos, para implantação da agricultura na cidade de Formosa do Rio Preto, por meio de um rigoroso processo de licenciamento ambiental.

“Com esse projeto, já conseguimos contribuir com a produção de mais de 65 mil hectares na safra 2021, resultando em 311 mil toneladas de soja, milho e algodão”, declara Daniel Ferraz, gerente Administrativo e Financeiro da Delfin Rio.

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