Bússola

Um conteúdo Bússola

Deixe os seus filhos brincarem lá fora

Eletrônicos, por mais atrativos que sejam, promovem uma relação indireta com o mundo e com outras pessoas

Crianças ativas serão adultos também ativos, que atuam na sociedade de forma responsável e capazes de enfrentar os desafios (Getty/Getty Images)

Crianças ativas serão adultos também ativos, que atuam na sociedade de forma responsável e capazes de enfrentar os desafios (Getty/Getty Images)

B

Bússola

Publicado em 8 de abril de 2022 às 17h06.

Por Silvia Adrião*

É hora de almoçar e o filho, com o tablet na mão, pede: “Deixa eu ver mais um pouquinho?”. É hora de ir para a escola e o filho fala: “Quero jogar só mais uma partida!”, já tomou banho? “Deixa eu terminar esse vídeo”. Você se identifica com isso? O avanço da tecnologia e dos equipamentos eletrônicos tem transformado nosso modo de viver de maneira muito profunda, porém, nesse campo, nem tudo é positivo.

Educadores, psicólogos e médicos que se debruçam a estudar o impacto das tecnologias na infância apontam que há muitas perdas no processo de desenvolvimento físico, emocional e cognitivo das crianças que são, excessivamente, expostas aos eletrônicos. A preocupação com essa temática já tem avançado e, com a pandemia de covid-19, intensificou-se ainda mais, devido ao confinamento.

As crianças estão em pleno desenvolvimento das funções cerebrais e corporais. A concentração, a criatividade e a compreensão das emoções são alguns dos fatores que começam a se desenvolver na infância e as pesquisas comprovam que o contato direto com a natureza, o brincar ao ar livre e a vivência com outras crianças são fundamentais para esses processos de aprendizagem.

É preciso levar as crianças para brincarem lá fora. Visitem praças. Combinem um lanche no parque. Peçam ajuda dos pequenos para cultivar uma planta no quintal. A principal diferença está no contato e na experiência direta com o meio e com o outro. Os eletrônicos, por mais atrativos que sejam, promovem uma relação indireta com o mundo e com outras pessoas.

Os adultos são referências para os pequenos, por isso é importante se policiarem para não fazerem uso excessivo de celulares, quando estão com as crianças. A coerência é um fator que impacta em nossas escolhas e orientações.

As escolas também precisam levar os alunos para fora da sala de aula. Brincar, explorar e conviver são direitos de aprendizagem que devem ser garantidos a todas as crianças.

Essas questões interferem não somente no indivíduo, mas em toda a sociedade. Crianças ativas, que aprendem a estar com o outro e se desenvolvem saudavelmente, serão adultos também ativos, que atuam na sociedade de forma responsável e capazes de enfrentar os desafios que surgirão com mais qualidade e criatividade.

*Silvia Adrião é diretora pedagógica no grupo Godoi Educacional (composto pelos colégios Albert Sabin, Vital Brazil e AB Sabin), sendo responsável pela unidade AB Sabin

Siga a Bússola nas redes: Instagram | LinkedInTwitter | Facebook | Youtube

Veja também

Como lidar com a escassez de profissionais tech na era mais tecnológica

É preciso enxergar o varejo pelo filtro da geração Z

Como a construção de metas pode ajudar na conquista de objetivos

Acompanhe tudo sobre:ComportamentoEducação

Mais de Bússola

Gestão Sustentável: o meio do caminho e as luzes no fim do túnel

SHB aposta em espetáculo e realiza evento com campeões olímpicos e prêmio de R$ 635 mil

Gerson Ferreira: o mercado de luxo dá certo no e-commerce? Veja o exemplo da Dior 

O que é Employee Experience e como ele proporciona vantagem competitiva para empresas em ascensão